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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Apoio do governo ao arroz garante renda ao produtor e alívio na taxa de inflação

Para assegurar renda ao produtor de arroz e diminuir a pressão do cereal sobre a inflação, o governo destinará R$ 737 milhões ao setor nos meses de abril a junho.

Pelo menos 2 milhões de toneladas de arroz serão retiradas do mercado nesse período de término de safra e oferta acentuada de produto.

Parte desse produto irá para os estoques do governo para ser utilizado no período de redução de oferta e de elevação de preços.

Claudio Pereira, presidente do Instituto Rio-Grandense do Arroz, diz que essas medidas são necessárias para a garantia dos preços mínimos pagos aos produtores, atualmente em R$ 25,80 por saca.

As medidas do governo para a comercialização neste ano são mais abrangentes do que no anterior. Será retirado um volume maior do cereal do mercado, considerando que haverá queda de safra.

Redução de área plantada e queda na produtividade, devido ao clima, vão resultar em uma safra 19% inferior à do ano passado.

De acordo com Pereira, a produção do Rio Grande do Sul, o principal produtor nacional, ficará próxima de 7,5 milhões de toneladas, com recuo de 1,5 milhão em relação à anterior.

O setor terá grandes mudanças no mercado externo. As exportações não repetem o volume de 2 milhões de toneladas de 2011/12, e as importações sobem para 1,3 milhão de toneladas -300 mil mais do que foi importado de março de 2011 a fevereiro de 2012.

Apesar da produção menor, o setor quer manter os canais de exportação, importantes nos período de produção maior. Pereira diz que o arroz nacional tem competitividade no mercado externo, mas que os preços internos também serão competitivos.

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Mulheres no campo A Cooxupé reúne produtoras de café na segunda-feira, em Guaxupé (MG), para debater a produção cafeeira sustentável. A atuação das mulheres no campo, como tomadoras de decisão, é cada vez maior.

Tomando decisões A Cooxupé conta com mais de mil cooperadas, corroborando dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário que apontam que 23% das famílias ligadas à atividade no agronegócio são lideradas por mulheres.

Presentes "As mulheres estão mais presentes tanto na cooperativa como nos nossos eventos", diz Carlos Paulino da Costa, presidente da Cooxupé, que tem 12 mil cooperados.

Exceção As commodities agrícolas tiveram um dia de queda ontem no mercado externo. O cacau, na contramão, teve alta de 3,63%, devido à seca na Costa do Marfim, principal produtor mundial.

Quedas Em Chicago, a maior queda ficou para o milho, que teve recuo de 2,41%. Trigo e soja tiveram quedas próximas a 1,5%.

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Seca afeta oferta de feijão e saca aumenta
para R$ 200

Se o governo tenta segurar a possível pressão inflacionária do arroz, será difícil controlar a do feijão. Após uma primeira safra problemática, ocorre seca na segunda em várias regiões. O resultado é o preço do feijão carioquinha acima de R$ 200 por saca.

A próxima safra ocorre somente em 30 dias e, se houver problema com a colheita, a oferta ficará ainda menor.

As importações, comuns no ano passado, estão menores porque a alta do dólar faz a saca dos produtos chinês e argentino superar em R$ 10 o valor da saca nacional.

Para o analista Vlamir Brandalizze, a política cambial do governo, apontando para a alta do dólar, inibe ainda mais as importações.

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Com KARLA DOMINGUES

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