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Outro lado

Magistrado nega ter favorecido advogado e falidos da distribuidora

DE SÃO PAULO

O juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, que conduz o processo de falência da Petroforte, diz que "um juiz pode mudar de posição".

Ele nega que tenha modificado a decisão que estendeu a falência da Petroforte a outras empresas, inclusive de Kátia Rabello, controladora do Banco Rural.

Em resposta às perguntas da Folha enviada por e-mail, por meio de sua assessoria, Ferreira disse que tomou a decisão de liberar os bens da Securinvest, mantendo a usina, após receber um requerimento (proposta de acordo).

"Não houve mudança alguma, apenas uma decisão de acordo com a nova e com a velha lei de falência."

O juiz confirmou ter contratado o advogado Luciano Volk anteriormente e negou tê-lo indicado ao Grupo Rural. "Não faço isso. Existe outro advogado [Alexandre de Moraes] que atua para o Grupo Rural, e também não o indiquei", disse. "Nunca favoreci nenhum advogado. Apenas decido, e eles recorrem, se for o caso."

O juiz disse ainda que há muitos processos de falência com mais de um síndico. Ele afirmou que Vanuza Sampaio, mulher de Volk, foi indicada pelo síndico da massa falida. O síndico, Afonso Braga, negou.

TESE JURÍRICA

Luciano Volk disse que não é amigo do juiz e que foi contratado pela Securinvest porque ele já tinha conseguido liberar bens de dez empresas.

"A lei prevê que uma empresa possa ser retirada da falência se quitar sua dívida. Foi o que ocorreu."

Segundo Volk, esse "argumento jurídico" levou a Securinvest a procurá-lo. Consultado, o advogado do Grupo Rural, Alexandre de Moraes, não respondeu.

(JW)

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