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Estaleiro Atlântico Sul registra prejuízo de R$ 1,47 bilhão em 2011

Empresa, considerada marco da indústria naval por Lula, atribui resultado a 'superdimensionamento'

Estaleiro de Pernambuco ainda não conseguiu entregar seu 1º navio e um dos principais sócios deixou o negócio

FÁBIO GUIBU
DE RECIFE

Considerado pelo ex-presidente Lula um marco na retomada da indústria naval brasileira, o estaleiro Atlântico Sul S.A. teve prejuízo de R$ 1,47 bilhão em 2011 -o equivalente a 70% do total investido na sua construção.

A empresa, instalada no complexo industrial e portuário de Suape, em Pernambuco, ainda não conseguiu entregar seu primeiro navio, o João Cândido, que chegou a ser lançado ao mar por Lula em maio de 2010, na presença da então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

No seu balanço, o estaleiro atribuiu o prejuízo ao aumento dos custos decorrentes de "problemas técnicos e operacionais". Entre as principais dificuldades, a companhia aponta o "superdimensionamento" e a "falta de mão de obra qualificada".

Criado em novembro de 2005, o Atlântico Sul chegou a ter 11 mil empregados, o dobro do que previa no início das operações. Pescadores, trabalhadores rurais e donas de casa da região foram treinados e contratados para trabalhar como operários.

A força de trabalho, diz a companhia, foi redimensionada e adequada "ao número recomendado para um estaleiro do porte". Hoje, são 5.000 trabalhadores.

Um dos principais acionistas, a Samsung Heavy Industries, deixou o negócio em 2011 e suas ações foram adquiridas pelos outros dois sócios, a Camargo Corrêa Naval Participações Ltda e a Queiroz Galvão Participações-Concessões S.A.

A empresa procura agora um novo parceiro tecnológico.

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