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Incerteza baqueia ações; ouro lidera ganho

Temor de inflação mais alta faz metal, visto como refúgio, subir 5% na BM&F e obter melhor rentabilidade em abril

Com segundo maior retorno, dólar sobe 4,4% em abril e atinge R$ 1,90; economistas esperam novas altas

TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO

Com os investidores mais avessos ao risco, a Bovespa liderou as perdas entre as aplicações financeiras em abril. Já o ouro -visto como "refúgio" contra a inflação- ofereceu o maior retorno.

Influenciado pela crise na Europa e por dúvidas sobre o vigor da recuperação da economia norte-americana, o Ibovespa caiu 4,17% em abril.

No Brasil, notícias sobre o aumento da inadimplência também contribuíram para o mau desempenho da Bolsa.

Entre os ganhos, o destaque foi o ouro, que subiu 5,3% na BM&F. "O ouro é usado como seguro contra a inflação. E há muita incerteza sobre o controle de preços no Brasil", afirma o economista Flávio Samara, da LCA Consultores.

Segundo ele, a queda da taxa básica de juros para 9% deu força à expectativa de inflação acima do centro da meta anual de 4,5% estipulada pelo governo.

A queda dos juros básicos também marcou o desempenho das aplicações em renda fixa. Os fundos DI tiveram rentabilidade média de 0,74% em abril, mantendo a disputa acirrada com a poupança, que rendeu 0,52%.

"Com a queda da Selic, a tendência é de menor rentabilidade dos fundos conservadores", diz Marcelo Mello, vice-presidente da SulAmérica Investimentos.

CÂMBIO

Em um mês marcado por intervenções do Banco Central no mercado de câmbio, o dólar subiu 4,44% e só perdeu para o ouro entre os maiores ganhos. Segundo economistas, a valorização não deve parar por aí.

"Considerando a preocupação do governo em relação à indústria, há espaço para o dólar continuar subindo e testar os R$ 2", diz Mello.

Além da política cambial, os investidores devem acompanhar a crise europeia e o desempenho das economias dos EUA e da China, que cresce abaixo das expectativas.

"O governo chinês tem espaço para estimular a economia. Se alguma medida for anunciada nesse sentido, haverá influência positiva sobre a Bolsa", diz Mello.

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