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Com BMG, Itaú reforça atuação em consignado

Nova empresa começa a operar em 90 dias e terá capital social de R$ 1 bi

Roberto Setubal afirma que meta é ser líder no segmento em dois anos, com carteira de crédito de R$ 12 bilhões

DE SÃO PAULO

O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, anunciou ontem associação com o banco BMG, criando uma nova instituição com atuação exclusiva em crédito consignado (com desconto em folha de pagamento).

O Itaú BMG Consignado, joint venture entre as duas empresas, deve começar a operar dentro de 90 dias.

Não haverá mudanças para os clientes que já possuem empréstimo com algum dos bancos, que continuarão independentes.

Segundo Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco, a associação vai fazer com que a instituição amplie sua posição nessa modalidade de crédito, que, além de alto crescimento, apresenta baixo risco de inadimplência.

"A participação em consignado estava aquém do nosso potencial", disse Setubal.

O objetivo é chegar a uma carteira de crédito de R$ 12 bilhões em dois anos.

Hoje, a carteira do Itaú no segmento é de R$ 10 bilhões, e a do BMG, de R$ 25 milhões.

"Vamos ampliar o crédito com segurança e baixo 'spread'", disse o executivo.

Para Renato Olivo, presidente da Associação Brasileira de Bancos, que representa bancos de médio porte, a

associação entre o Itaú e o BMG é um modelo que deve ser seguido por outras instituições.

"Os bancos médios têm a inteligência para originar o crédito, mas não possuem o capital para sustentá-lo."

MODELO

A nova instituição financeira nasce com capital social de R$ 1 bilhão -70% do valor foi investido pelo Itaú Unibanco, que terá o controle, e o restante pelo BMG.

A equipe de correspondentes bancários do BMG será inteiramente transferida para o novo banco.

Dos contratos firmados, 70% serão financiados pela joint venture. O restante será contratado diretamente pelo BMG, que manterá sua operação independente -o banco também atua no mercado de recebíveis e de financiamento de automóveis.

"Os fundos do Itaú ajudarão a diminuir nossa alavancagem", afirmou Ricardo Guimarães, presidente do BMG.

Segundo Guimarães, o modelo proposto pelo Itaú -de associação, e não de aquisição- acelerou a conclusão do negócio. As conversas duraram cinco dias.

Nos últimos meses, o BMG vinha sendo alvo de especulações sobre sua venda.

As ações do Itaú caíram 4,54% ontem, fechando a R$ 27,92.

(MARIANNA ARAGÃO)

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