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Procurador leva 17 à Justiça por rombo no PanAmericano

Ex-presidente do grupo afirma que provará sua inocência; advogados não comentam denúncia

DE SÃO PAULO

O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou 17 ex-diretores e ex-funcionários do Banco PanAmericano sob acusação de crimes contra o sistema financeiro.

As fraudes listadas incluem maquiagem de balanço e levaram a um rombo de R$ 3,8 bilhões em 2010.

A denúncia foi apresentada ontem à 6ª Vara Criminal da Justiça Federal pelo procurador Rodrigo Fraga, seis meses após o fim das investigações da Polícia Federal.

Entre os denunciados estão Luiz Sandoval, ex-presidente do Grupo Silvio Santos, que foi indiciado pela PF por formação de quadrilha e por prestar informações falsas.

Também foram denunciados Rafael Palladino (ex-presidente do banco), Wilson de Aro (ex-diretor financeiro), Adalberto Saviolli (ex-diretor de crédito), entre outros indiciados pela PF sob suspeita de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.

Luiz Sandoval disse estar confiante de que terá mais chance de defesa na Justiça. "Não participei da fraudes e a Polícia Federal reconheceu isso", disse.

Os advogados de Palladino, De Aro e Saviolli não quiseram comentar porque não tiveram acesso à denúncia.

A denúncia acusa também o banco de vender a mesma carteira de crédito para mais de uma instituição, mantendo, no entanto, os créditos no balanço.

Além disso, os ex-executivos são acusados de receber "por fora" por serviços que não teriam sido prestados.

No total, cerca de R$ 100 milhões foram pagos como "bônus", segundo investigações. Parte desse dinheiro foi parar no caixa de partidos políticos, como revelou a Folha na ocasião.

CAIXA FEDERAL

Em dezembro de 2009, o PanAmericano vendeu 35% de seu capital à Caixa Econômica Federal. Após a intervenção, em novembro de 2010, especulava-se que a Caixa soubesse do rombo, algo que o banco nega.

Segundo o Ministério Público Federal, as "possíveis fraudes nessa venda" estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal e não fazem parte da denúncia.

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