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Tablet mais barato faz venda crescer 120%

Modelos de até R$ 1 mil representam 53% das unidades comercializadas, ante 3% há 2 anos

DE SÃO PAULO

A chegada de mais fabricantes ao mercado nacional e o lançamento de aparelhos "de entrada", com preço abaixo de R$ 1 mil, fizeram o mercado de tablets mais que dobrar no país.

De janeiro a junho deste ano, foram vendidas 977 mil unidades do equipamento, um crescimento de 120% em relação ao mesmo período de 2011, segundo dados da consultoria de tecnologia IDC.

Apenas no segundo trimestre, foram comercializados 606 mil tablets, 275% a mais que no período de abril a junho do ano passado.

Em 2010, quando o iPad, da Apple, foi lançado, dando impulso ao mercado mundial de tablets, as vendas no Brasil somaram 110 mil unidades. O volume é quase um décimo do que foi comercializado nos seis primeiros meses deste ano.

Segundo Attila Belavary, analista do IDC, os números refletem a "descoberta" do produto pelos brasileiros e o interesse dos fabricantes pelo mercado nacional -que foram incentivados, por sua vez, por medidas de isenção fiscal concedidas pelo governo federal em maio de 2011.

Há dois anos, apenas dois fabricantes de tablets vendiam no país. Em 2011, o número saltou para 17 empresas e hoje chega a 21.

"Boa parte dessas companhias decidiu atuar no mercado com produtos de entrada, com telas menores, baixa capacidade de armazenamento e sem conectividade 3G", diz Belavary.

O resultado é que tablets com preços abaixo de R$ 1 mil, que representavam somente 3% do mercado em 2010, hoje chegam a 53% das vendas.

O preço médio do produto caiu de R$ 1.250 no início de 2011 para R$ 840 neste ano.

FUTURO

A previsão do IDC é que, até o final deste ano, sejam comercializados 2,6 milhões de aparelhos no Brasil, colocando o país como o décimo maior mercado mundial de tablets.

"A introdução da tecnologia de quarta geração de internet [4G] também deve impulsionar a categoria", diz o analista do IDC.

A disseminação dos tablets, no entanto, ainda esbarra na escassez de conteúdo adaptado para o usuário brasileiro, especialmente vídeos e livros, com legendas e textos em português, acredita Belavary.

"O próximo passo para a evolução do mercado é estimular a criação desse conteúdo."

(MARIANNA ARAGÃO)

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