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Rushdie enfrenta rede social por direito a pseudônimo

O escritor Salman Rushdie publicou posts exasperados no Twitter. O Facebook havia desativado sua conta, requerendo provas de identidade e o "transformando" em Ahmed Rushdie, nome que aparece em seu passaporte.
No entanto, ele nunca usou o nome de Ahmed; o mundo o conhece como Salman.
Salman questionou: será que o Facebook transformaria J. Edgar Hoover em John Hoover ou Scott Fitzgerald em Francis Fitzgerald?
O Twitter abraçou a causa. Em duas horas, Rushdie declarou vitória: "O Facebook afrouxou! Eu sou Salman Rushdie novamente".
Como a internet se transformou em um local para todo tipo de transação, de comprar um tênis a derrubar ditadores, o debate vem crescendo sobre como as pessoas se apresentam na web.
O Facebook insiste no que chama de identidade autêntica, ou nomes reais. O Google+ também quer os nomes que os usuários usam no mundo off-line. O Twitter segue a teoria do "cada um por si", e aceita pseudônimos.
"O risco real para o mundo será se a tecnologia criar um sistema de identificação", afirma Joichi Ito, do Media Lab, do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Segundo ele, isso pode ser um problema em países com governos ditatoriais.