São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2011

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Conta de energia deverá vir menos salgada

Hidrelétricas têm maior nível de água dos últimos dez anos; economia com térmicas vira desconto no reajuste

Gasto com termelétricas deve ser inferior a 50% dos R$ 500 mi de 2010; fortes chuvas do verão garantiram reservas


LEILA COIMBRA
DO RIO

As fortes chuvas do início do ano encheram os reservatórios das hidrelétricas do país, levando-os ao maior nível dos últimos dez anos.
Por conta disso, os brasileiros deverão pagar menos para garantir o abastecimento de energia, já que um número menor de usinas termelétricas deverá ser ligado.
A energia gerada nessas usinas é mais cara do que a produzida nas hidrelétricas.
Segundo o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Hermes Chipp, o gasto neste ano com as térmicas não deve chegar a R$ 250 milhões, metade dos R$ 500 milhões que foram gastos em 2010. Esse valor é repassado às tarifas dos consumidores nos reajustes tarifários das concessionárias de energia no ano seguinte.
Chipp informou que, até o momento, nenhuma usina termelétrica precisou ser ligada no país.
Ele acredita que, com o cenário positivo, há a possibilidade de não precisar acionar nenhuma usina neste ano.
"Não posso afirmar que nenhuma térmica será ligada, mas existe essa possibilidade. E, mesmo que isso não aconteça, o custo não deve passar de R$ 250 milhões. Estamos com excelente nível de segurança energética."

RESERVATÓRIOS
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, os reservatórios em 31 de julho estavam com 80,7% de sua capacidade; na região Nordeste, com 79,6%; e no Sul, com 95,4%.
Na mesma data de 2010, Sudeste e Centro-Oeste tinham 66%, enquanto o Nordeste tinha 65% de sua capacidade total.
Chipp disse que o país se encontra em uma situação confortável, com sobra de energia -cenário que deverá se manter até 2015.
Segundo o planejamento estratégico do ONS, existem 2.500 MW médios de sobra de energia em 2011, para uma oferta de 58.000 MW médios.
Para 2015, o ONS prevê uma sobra 5.000 MW médios, para uma oferta de 71.000 MW médios. O cálculo considerou crescimento médio de 5% ao ano no PIB no período.
Normalmente, para cada ponto percentual de elevação do PIB, há o aumento de um ponto percentual no consumo de energia elétrica.


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