São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

ANÁLISE

Inflação controlada e crédito favoreceram expansão do ensino

HENRIQUE HEIDTMANN NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O Brasil parece ter se tornado grande ator no cenário mundial na recepção de investimentos em várias áreas, incluindo a educação.
O ensino superior particular no país passou a ser visto como campo de grande investimento, principalmente, a partir dos anos 90, sob o comando do ministro Paulo Renato de Souza, no governo FHC, que iniciou um processo de elevação no número de vagas na tentativa de suprir uma demanda nacional.
Posteriormente, o cenário econômico positivo -com controle da inflação e aumento do crédito- favoreceu a expansão do ensino superior particular, o qual também se beneficiou da tímida oferta de vagas nas universidades públicas no Brasil.
Observou-se um movimento de escolas particulares de ensino médio diversificando os serviços educacionais, criando instituições de ensino superior, grupos de empresários constituindo organizações educacionais e, também, grandes grupos de investimento injetando milhões na criação e aquisição.
O governo também se preocupou em endurecer as regras para a abertura de instituições e novos cursos no Brasil, procurando trazer à tona o debate sobre a qualidade de ensino, como a revisão de seus instrumentos de avaliação que compõem o Sinaes (Sistema Nacional de avaliação da Educação Superior).
No entanto, as reformulações devem necessariamente ser "desempacotadas" e conectadas às outras áreas do Sistema Educacional Brasileiro.
Espera-se que a sociedade, o Estado e os investidores continuem debatendo a questão da qualidade e expansão do ensino.
Um pais com alto nível educacional é sem dúvida um bom lugar para se investir em qualquer que seja a área, não somente no ensino superior particular.

HENRIQUE HEIDTMANN NETO, é professor, pesquisador e coordenador da área de graduação da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da FGV


Texto Anterior: Pearson vai entrar no ensino profissionalizante
Próximo Texto: Commodities: China vai investir US$ 1,5 bi para produzir alimentos na Argentina
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.