São Paulo, sábado, 04 de dezembro de 2010

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CHINA

Com superaquecimento e inflação, China apertará política monetária

DO "NEW YORK TIMES"

Os principais líderes chineses anunciaram que o país apertará sua política monetária em 2011, um sinal de que os governantes estão preocupados com o crescimento da inflação e com o superaquecimento econômico.
O anúncio também diz que o país "manterá a proativa política fiscal", um sinal de que investimentos não serão severamente cortados.
O crescimento chinês continua rápido, impulsionado por um pacote de estímulo econômico governamental e por grande volume de empréstimos bancários, instrumentos que começaram a ser utilizados para combater a crise financeira de 2008.
Como meio de financiamento dessas políticas -incluindo a compra de dólares-, a emissão de yuan é alta e traz problemas.
A inflação de outubro, por exemplo, aumentou 4,4% ante o mesmo mês de 2009. Foi a maior variação em 25 meses, ameaçando o cumprimento da meta de aumento de preços para o ano, de 3%.
Alguns analistas já dizem que o governo aumentará a taxa de juros em 2011 para conter o consumo e frear o avanço dos preços. Em outubro, os juros aumentaram pela primeira vez desde 2007.
Outro fator preocupante é a especulação imobiliária. Em 2009 foram vendidos US$ 560 bilhões em propriedades residenciais, aumento de 80% ante o ano anterior.
Como consequência, o preço dos imóveis subiu, deixando o temor que uma bolha possa estar em formação.
O anúncio não se referiu a uma possível valorização do da moeda chinesa -o câmbio desvalorizado favorece as exportações do país.


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