São Paulo, sábado, 06 de agosto de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Exportação de arroz soma 200 mil t em julho

Os preços internos não estão muito favoráveis para os produtores de arroz, mas as exportações avançam em ritmo bastante acelerado.
Somente em julho, as vendas externas somaram 200 mil toneladas. Esse volume supera em 272% o de julho do ano passado.
Devido às exportações, os preços internos começam a reagir e caminham em direção ao valor mínimo estipulado pelo governo: R$ 25,80 por saca.
Atualmente, a saca de arroz em casca é negociada a R$ 23,20 no Rio Grande do Sul, acima dos R$ 18,50 de há algumas semanas.
Recuperação de preços e exportações ocorrem devido a programas governamentais de incentivo ao escoamento.
Segundo o Irga (Instituto Rio-Grandense do Arroz), os 12 leilões de PEP (Prêmio para Escoamento de Produto) realizados desde março já negociaram 1,2 milhão de toneladas de arroz.
O Brasil já exportou 694 mil toneladas de arroz neste ano, acima das 628 mil vendidas durante todo o ano passado.
Os importadores do produto brasileiro se espalham pela África, mas inclui também a Europa.
A Nigéria lidera as compras, com 152 mil toneladas, seguida por Senegal e Cuba. A Espanha, com 32 mil toneladas, vem em sexto lugar, um pouco à frente da Suíça.
Já as importações brasileiras, apesar de o dólar estar mais favorável às compras do que às vendas, recuaram para 92 mil toneladas no mês passado, 20% menos do que em julho de 2010, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Ainda em queda O desarranjo financeiro de vários países continuou a ter efeito sobre as commodities ontem. Houve queda de preços tanto em Nova York como em Chicago.

Caiu mais O suco de laranja manteve forte queda, acumulando recuo de 9% na semana. A soja caiu 0,6% ontem e 1,7% na semana.

Recuo As exportações de café atingiram o menor patamar do ano em julho, recuando para 2 milhões de sacas. Em junho, tinham chegado a 2,7 milhões de sacas.

Motivos A queda se deve aos baixos estoques de passagem e ao início de uma safra de ciclo de baixa produção, afirma Guilherme Braga, diretor-geral do Cecafé (conselho dos exportadores).

Frio O cinturão produtor de café de Minas Gerais foi afetado pela geada ontem de madrugada. A produção do ano que vem poderá cair, disseram representantes de cooperativas à Reuters.

Agronegócio discute mudanças em São Paulo

Os requisitos na produção de alimentos mudaram; os preços, também. Escassez de água, terras caras e busca da sustentabilidade passaram a ser temas presentes no dia a dia da produção agrícola.
De outro lado, a demanda cresceu, principalmente com a entrada de países emergentes de peso -China e Índia- no consumo mundial de alimentos. Os preços reagiram.
Dentro desse cenário, o Brasil passou a ser um importante polo de produção. Mas como a sociedade vê esse novo quadro desenhado para o agronegócio brasileiro?
Esse será um dos assuntos a serem discutidos durante encontro do setor, na segunda-feira, em São Paulo, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio.
Luiz Antonio Pinazza, diretor da instituição, diz que o setor terá de explicar essas mudanças à sociedade.

Com KARLA DOMINGUES


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