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Avanço do Estado restringe círculo de boas relações no país
DE CARACAS
A relação de Hugo Chávez
com a elite econômica, nacional e internacional, na Venezuela não é homogênea.
A "guerra", declarada nesses termos contra a gigante
Polar, já ocorreu no passado
contra o magnata Gustavo
Cisneros, dono de uma TV e
de uma cervejaria.
Mas Cisneros fechou com
Chávez, há pouco mais de
três anos, uma espécie de
pacto de não agressão.
Sua TV, a Venevisión, que
abandonou a linha antichavista ferrenha, acabou beneficiada pelo fechamento da
RCTV então líder do mercado, cuja concessão não foi renovada em 2007.
Para Juan Carlos Zapata,
autor que produz o livro "Os
Ricos de Chávez", o avanço
do Estado em setores da economia -como o financeiro
(no qual o Estado controla
26% desde 2009) e o alimentício)- faz o círculo privado
ao redor do chavismo ser cada vez mais restrito.
"A chamada "boliburguesia", empresários que cresceram sob o chavismo-bolivarianiano, achavam que estavam protegidos. Mas com a
prisão de vários deles no ano
passado ficou claro que a estratégia do governo era usá-los para enfraquecer o capital tradicional. Não era uma
política de fazer florescer empresários aliados. O plano é o
estatismo", diz Zapata.
O jornalista diz que nenhuma editora quis publicar
o livro e, por isso, ele o está
publicando na internet, a
US$ 1.000 (cerca de R$ 1.860)
a assinatura.
(FM)
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