São Paulo, segunda-feira, 07 de junho de 2010

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Avanço do Estado restringe círculo de boas relações no país

DE CARACAS

A relação de Hugo Chávez com a elite econômica, nacional e internacional, na Venezuela não é homogênea.
A "guerra", declarada nesses termos contra a gigante Polar, já ocorreu no passado contra o magnata Gustavo Cisneros, dono de uma TV e de uma cervejaria.
Mas Cisneros fechou com Chávez, há pouco mais de três anos, uma espécie de pacto de não agressão.
Sua TV, a Venevisión, que abandonou a linha antichavista ferrenha, acabou beneficiada pelo fechamento da RCTV então líder do mercado, cuja concessão não foi renovada em 2007.
Para Juan Carlos Zapata, autor que produz o livro "Os Ricos de Chávez", o avanço do Estado em setores da economia -como o financeiro (no qual o Estado controla 26% desde 2009) e o alimentício)- faz o círculo privado ao redor do chavismo ser cada vez mais restrito.
"A chamada "boliburguesia", empresários que cresceram sob o chavismo-bolivarianiano, achavam que estavam protegidos. Mas com a prisão de vários deles no ano passado ficou claro que a estratégia do governo era usá-los para enfraquecer o capital tradicional. Não era uma política de fazer florescer empresários aliados. O plano é o estatismo", diz Zapata.
O jornalista diz que nenhuma editora quis publicar o livro e, por isso, ele o está publicando na internet, a US$ 1.000 (cerca de R$ 1.860) a assinatura.
(FM)


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