São Paulo, sexta-feira, 08 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Café tem recorde nas exportações do ano Este é o ano do café. Após anos patinando, as exportações vêm crescendo. As vendas externas do produto somaram o recorde de 34,9 milhões de sacas de julho do ano passado a junho deste ano, alta de 17% em relação ao período anterior. Com a valorização externa dos preços, as receitas obtidas pelo Brasil subiram ao patamar inédito de US$ 7,3 bilhões no ano-safra, com evolução de 65%, segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Mesmo obtendo uma produção maior, o Brasil encontrou mercado para esse produto, diz Guilherme Braga, diretor-geral do Cecafé. A demanda está aquecida, e os estoques mundiais, baixos porque vários países tiveram problemas na produção. As indústrias nacionais não tiveram, no entanto, a mesma sorte das empresas exportadoras. As vendas externas de café torrado e moído, que chegaram a atingir US$ 20 milhões no primeiro semestre de 2008, recuaram e ficaram em US$ 12 milhões neste ano. A crise nos países desenvolvidos a partir do segundo semestre de 2008 e a valorização do real afetaram o desempenho das exportações do café industrializado, segundo Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café). As exportações do café torrado e moído agregam mais valor à bebida e mais receitas às indústrias. Se as exportações de café torrado e moído recuam, as importações disparam. Nos seis primeiros meses deste ano, os gastos brasileiros com a compra de café torrado e moído somaram US$ 15,9 milhões, 114% mais do que em igual período no ano anterior. O café exportado saiu do país a US$ 5,4 o quilo. Já o importado veio a US$ 54,5, segundo a Secex. Defensivos O projeto de lei da senadora Kátia Abreu, que obriga o fabricante de agrotóxicos a colocar o produto no mercado em até dois anos após a obtenção de seu registro, é uma medida sanadora, segundo o mercado. Fila A medida vai ser efetiva porque vai agilizar a fila de produtos à espera de registros, que está cada vez maior. Só na Anvisa são 756. Aventureiros A medida deverá diminuir também os aventureiros do setor. Buscam produtos externos, entram na fila e, quando aprovados, aguardam o melhor momento para vender a liberação para outras empresas. Executivos O agronegócio teve alta de 75% nas vagas para executivos de 2007 a 2011, mostra a Fesa, empresa de recrutamento. Conhecimento técnico, saber lidar com adversidades do clima e ter habilidades para tomar decisões rápidas são requisitos básicos. Algodão As indústrias diminuíram as compras e o algodão recuou 12,4% ontem em Nova York. Mesmo com a queda, os preços atuais ainda superam em 65% os de um ano atrás. Suínos A arroba de suíno ensaia uma recuperação de preços. A alta acumulada nos últimos sete dias é de 9%, mas o produto ainda registra queda de 13% em 30 dias. OLHO NO PREÇO COTAÇÕES Chicago Soja (Dólar por bushel) 13,45 Milho (Dólar por bushel) 6,50 Mercado Interno Algodão (Reais por arroba) 20,06 Café (Reais por saca) 470,75 Com KARLA DOMINGUES Texto Anterior: Análise: O segredo do sucesso na pecuária está na genética de qualidade Próximo Texto: Estrangeiros elevam 'apostas' na desvalorização da Bolsa e do dólar Índice | Comunicar Erros

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.