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Para economistas, importados não são um remédio definitivo
DE SÃO PAULO
Apesar do impacto positivo do aumento da importação sobre a inflação, economistas ressaltam que a continuidade prolongada desse
cenário não é sustentável.
A projeção do Santander é
de que o deficit em transações correntes dobrará neste
ano, atingindo US$ 48 bilhões, ou 2,4% do PIB.
O economista Maurício
Molan lembra que no momento a entrada de capital
externo financia o deficit.
Mas ele observa que a entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED) não
será suficiente neste ano para cobrir o saldo negativo.
A projeção do BC é que o
IED some US$ 38 bilhões.
Com isso, afirma Molan, o
Brasil está mais dependente
do capital especulativo.
"As importações não são
uma panaceia para sustentar
o crescimento da demanda
acima do da produção."
O professor de economia
da PUC-Rio Luiz Roberto Cunha defende reforma tributária para reduzir os custos de
produção no Brasil.
"Não dá para achar que o
país já tem capacidade de
crescer com inflação baixa
no longo prazo."
(MS)
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