|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Conectividade invade os carros em Detroit
Especialistas alertam para o risco de acidentes na utilização de eletrônicos ao volante
FELIPE NÓBREGA
DO ENVIADO ESPECIAL A DETROIT
A conectividade com o motorista ganhou destaque nos
veículos do Salão do Automóvel de Detroit, nos Estados Unidos.
O modelo Hyundai Veloster inova com um GPS integrado ao painel, que monitora os carros de colegas de
uma mesma rede de relacionamento, como o Facebook.
Dessa forma, é possível visualizar na tela se há alguém
por perto e, assim, combinar
um encontro ou um bate-papo pelo viva-voz do carro.
O sistema também informa a programação de shows
e bares badalados na região.
O Focus elétrico, apresentado anteontem no Cobo
Hall, terá aplicativos para
monitorar e controlar funções do carro pelo celular.
Já a Audi diz que, em breve, oferecerá uma tela de LCD
programável para o console
do A8, com acesso à internet,
informações de trânsito e rotas alternativas nas cidades.
Um estudo da Universidade Harvard (EUA), porém,
alerta para o perigo da distração com o excesso de tecnologia. Guiar e ler e-mails, por
exemplo, quadruplica o risco
de acidentes -seria o equivalente a dirigir após beber oito
taças de vinho.
"Entretido, o condutor diminui o poder de reação em
meio ao trânsito e compromete a coordenação", alerta
André Horta, analista do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária).
Para Nelson Mattos, especialista em segurança de tráfego da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas), o fato de as pessoas passarem mais tempo no trânsito estimula o uso de equipamentos de entretenimento.
"O problema é que a pluralidade de tarefas atrapalha o
ato de dirigir", diz Mattos.
Em Detroit, ao lado do Veloster, está o luxuoso sedã
Equus com seu novo manual
do proprietário em iPad, que
fica no porta-luvas.
"A conectividade a bordo é
uma tendência", diz Jason
Brown, projetista de interiores da Hyundai.
Mas, para o pesquisador
David Strayer, itens como o
GPS, o Bluetooth e o iPad (filmes) criam uma falsa sensação de segurança.
O jornalista viajou a convite da Anfavea
Texto Anterior: EUA têm de aproveitar crescimento do Brasil, diz Timothy Geithner Próximo Texto: Brasil continua atrás em liberdade econômica Índice | Comunicar Erros
|