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Super-helicópteros vão unir continente a megarreservas
Aeronaves podem voar 4 horas sem reabastecer para levar trabalhadores e suprimentos a plataformas do pré-sal
Prestadora de serviço
da Petrobras arrenda
dez helicópteros para ligar Rio a campos
a 300 km da costa
DA SUCURSAL DO RIO
É pelo ar, por meio de super-helicópteros capazes de
voar por quatro horas sem
precisar de reabastecimento
de combustível, que a Petrobras vai transportar trabalhadores e suprimentos para explorar as megarreservas de
petróleo do pré-sal.
Para aproveitar esse novo
filão, a BHS arrendou no Canadá dez helicópteros, que
vão ligar o aeroporto de Jacarepaguá (zona oeste do Rio)
aos campos em mar do pré-sal da bacia de Santos, localizados a cerca de 300 km de
distância da costa.
De posse de contrato de
prestação de serviço para a
Petrobras por cinco anos, a
BHS conseguiu o arrendamento dos helicópteros no
Canadá. Cada um é orçado
em US$ 25 milhões -ou seja,
US$ 250 milhões pelo pacote
de dez aparelhos.
Dois helicópteros de grande porte, modelo S92 da americana Sikorsky, já são utilizados pela Petrobras para
transporte até o campo de
Tupi, na bacia de Santos, a
300 km da costa. Carregam
até 18 passageiros. Os demais
chegam até o fim do ano.
Outros três grandes helicópteros EC-225 Super Puma,
feitos pela francesa Eurocopter, já entraram em operação
na bacia de Campos.
Esses investimentos vão
ampliar o transporte de passageiros do aeroporto de Jacarepaguá de 50 mil por ano
para, ao menos, 80 mil, diz
Décio Ricardo Galvão, diretor-executivo da BHS.
VOO SEGURO
Apesar das longas distâncias e do pouso sobre as plataformas, o executivo diz que
os voos são muito seguros.
"O risco é menor do que pousar num heliponto sobre um
prédio em São Paulo."
Ele diz ainda que todos os
voos são conduzidos por piloto e copiloto -que passam
por um extenso programa de
qualificação- e que os helicópteros passam por inspeções rigorosas.
Em 2009, a empresa transportou 300 mil pessoas -a
maior parte a serviço da Petrobras e com saída de Macaé
em direção a plataformas da
bacia de Campos.
Para desafogar a rota de
Macaé, a Petrobras e a BHS
estudam começar a voar do
aeroporto de Cabo Frio (litoral fluminense) e futuramente de Santos, se a estatal instalar uma base de operações
na cidade. "Vamos crescer
muito com o pré-sal", diz.
(PEDRO SOARES)
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