São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Super-helicópteros vão unir continente a megarreservas

Aeronaves podem voar 4 horas sem reabastecer para levar trabalhadores e suprimentos a plataformas do pré-sal

Prestadora de serviço da Petrobras arrenda dez helicópteros para ligar Rio a campos a 300 km da costa

DA SUCURSAL DO RIO

É pelo ar, por meio de super-helicópteros capazes de voar por quatro horas sem precisar de reabastecimento de combustível, que a Petrobras vai transportar trabalhadores e suprimentos para explorar as megarreservas de petróleo do pré-sal.
Para aproveitar esse novo filão, a BHS arrendou no Canadá dez helicópteros, que vão ligar o aeroporto de Jacarepaguá (zona oeste do Rio) aos campos em mar do pré-sal da bacia de Santos, localizados a cerca de 300 km de distância da costa.
De posse de contrato de prestação de serviço para a Petrobras por cinco anos, a BHS conseguiu o arrendamento dos helicópteros no Canadá. Cada um é orçado em US$ 25 milhões -ou seja, US$ 250 milhões pelo pacote de dez aparelhos.
Dois helicópteros de grande porte, modelo S92 da americana Sikorsky, já são utilizados pela Petrobras para transporte até o campo de Tupi, na bacia de Santos, a 300 km da costa. Carregam até 18 passageiros. Os demais chegam até o fim do ano.
Outros três grandes helicópteros EC-225 Super Puma, feitos pela francesa Eurocopter, já entraram em operação na bacia de Campos.
Esses investimentos vão ampliar o transporte de passageiros do aeroporto de Jacarepaguá de 50 mil por ano para, ao menos, 80 mil, diz Décio Ricardo Galvão, diretor-executivo da BHS.

VOO SEGURO
Apesar das longas distâncias e do pouso sobre as plataformas, o executivo diz que os voos são muito seguros. "O risco é menor do que pousar num heliponto sobre um prédio em São Paulo."
Ele diz ainda que todos os voos são conduzidos por piloto e copiloto -que passam por um extenso programa de qualificação- e que os helicópteros passam por inspeções rigorosas.
Em 2009, a empresa transportou 300 mil pessoas -a maior parte a serviço da Petrobras e com saída de Macaé em direção a plataformas da bacia de Campos.
Para desafogar a rota de Macaé, a Petrobras e a BHS estudam começar a voar do aeroporto de Cabo Frio (litoral fluminense) e futuramente de Santos, se a estatal instalar uma base de operações na cidade. "Vamos crescer muito com o pré-sal", diz.
(PEDRO SOARES)


Texto Anterior: Agricultura depende de migrante rural
Próximo Texto: Entrevista - Newton Reis Monteiro: Ritmo de exploração do pré-sal terá de ser revisto após Lula
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.