São Paulo, terça-feira, 14 de setembro de 2010

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Compras menores das indústrias já seguram os preços internos do algodão

A alta interna no preço do algodão perdeu ritmo. Isso ocorre porque muitas indústrias, após o produto nacional ficar mais caro do que o importado na segunda quinzena de agosto, reduziram as compras internas.
A atitude das empresas surtiu efeito, apesar de a oferta mundial do produto estar bem restrita.
Além disso, houve uma melhora na oferta interna, segundo Lucilio Alves, pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
O algodão, que chegou a R$ 2,27 por libra-peso na semana passada, foi negociado ontem a R$ 2,20, mostra o indicador de preços do Cepea.
Os produtores cederam muito pouco nas negociações, mas já aceitam prazo maior para pagamento, uma forma indireta de redução dos preços.
A alta interna do produto ocorre porque as contas internas não fecham. A produção não é suficiente para acompanhar o consumo e as exportações, que estão aquecidos.
Além disso, o mercado externo continua aquecido e com preços elevados, devido à forte demanda e à redução de oferta nas principais regiões produtoras. O primeiro contrato foi a US$ 0,92 por libra-peso ontem na Bolsa de commodities de Nova York, 55% mais do que há um ano.

Seca A falta de chuva começa a prejudicar o feijão já semeado e atrasa o que está para ser plantado, principalmente no Paraná. Os preços médios já atingem R$ 132 por saca, conforme pesquisa da Folha. A alta é de 33% neste mês.

Ainda melhor As exportações de carnes "in natura" (de frango, bovina e suína) continuam evoluindo. Nas duas primeiras semanas do mês, o país obteve receitas de US$ 59,2 milhões por dia útil, 6% mais do que em agosto e 25% acima do valor de setembro de 2009, segundo informações da Secex.

Safra velha Demanda externa aquecida e influência dos problemas climáticos na América do Sul devem manter favoráveis os preços da soja da safra velha nas próximas semanas, na avaliação dos analistas da consultoria Céleres.

Preocupa Exportação maior e clima seco já preocupam consumidores de milho, porque as importações ficariam muito caras.

ABCZ quer desenvolver um Consecarne para o setor

A ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) quer criar o Consecarne, conselho que reuniria toda a cadeia produtiva -do pecuarista ao varejo.
Além disso, a ABCZ quer trazer mais os pecuaristas para dentro da associação.
O conselho funcionaria como o Consecana, que engloba a cadeia de produção no setor sucroalcooleiro.
Os produtores de cana são remunerados com base em dados apurados pelo Consecana, que considera todas as etapas de produção e de comercialização dos produtos, inclusive a externa.
O setor lácteo também tem um conselho -o Conseleite. Já a citricultura busca um organismo semelhante.

OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES


Londres

BRENT
(US$ por barril) 79,03

Mercado Interno

MILHO
(Saca de 60 kg) R$ 18,07


Com KARLA DOMINGUES


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