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Medida afeta
50 mil famílias,
diz indústria
DE SÃO PAULO
A indústria do cigarro e
os produtores de fumo movimentam-se para impedir
que o Brasil proíba o uso
de aditivos nos cigarros.
O argumento é que a
medida interromperá a atividade de 50 mil famílias
de produtores no Sul do
país dedicadas ao plantio
do tabaco "burley".
Na safra 2009/10, o país
produziu 94,6 mil toneladas do "burley", segundo
a Afubra (Associação dos
Fumicultores do Brasil).
A maior parte da produção, no entanto, é de fumo
tipo virgínia -588,4 mil
toneladas na última safra.
Ao contrário do "burley",
o virgínia é o principal
componente dos cigarros e
não exige mais açúcar.
Para se adaptar às novas regras, os produtores
do "burley" poderiam migrar para o cultivo do virgínia. O problema, diz o presidente da Afubra, Benício
Werner, é o investimento
necessário. "O fumo virgínia precisa de estufa para
secar, o que significa um
alto investimento."
"É preciso refletir sobre
o problema social que essa
medida impensada pode
causar", diz Humberto
Conti, da Souza Cruz. Para
ele, a medida pode incentivar o mercado ilegal -representa 30% do total.
(TF)
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