São Paulo, domingo, 14 de novembro de 2010

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Medida afeta 50 mil famílias, diz indústria

DE SÃO PAULO

A indústria do cigarro e os produtores de fumo movimentam-se para impedir que o Brasil proíba o uso de aditivos nos cigarros.
O argumento é que a medida interromperá a atividade de 50 mil famílias de produtores no Sul do país dedicadas ao plantio do tabaco "burley".
Na safra 2009/10, o país produziu 94,6 mil toneladas do "burley", segundo a Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil).
A maior parte da produção, no entanto, é de fumo tipo virgínia -588,4 mil toneladas na última safra. Ao contrário do "burley", o virgínia é o principal componente dos cigarros e não exige mais açúcar.
Para se adaptar às novas regras, os produtores do "burley" poderiam migrar para o cultivo do virgínia. O problema, diz o presidente da Afubra, Benício Werner, é o investimento necessário. "O fumo virgínia precisa de estufa para secar, o que significa um alto investimento."
"É preciso refletir sobre o problema social que essa medida impensada pode causar", diz Humberto Conti, da Souza Cruz. Para ele, a medida pode incentivar o mercado ilegal -representa 30% do total. (TF)


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