São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Em 2009, país teve custo de US$ 1,16 bi

DE BRASÍLIA

A modificação no acordo de Itaipu, se concretizada, será a segunda benesse do governo Lula ao Paraguai.
A primeira, concedida em 2007, após a Cúpula do Mercosul, custou US$ 1,16 bilhão à Eletrobras só em 2009, segundo cálculos dos ministérios da Fazenda e de Minas.
Em 2007, o Brasil permitiu que o Paraguai deixasse de pagar a correção monetária ("fator de ajuste") no saldo devedor da hidrelétrica de Itaipu.
Esse "fator", calculado com base na inflação norte-americana para consumidores e indústria, passou a ser integralmente arcado pela Eletrobras.
Quando o governo anunciou esse acordo, em fevereiro de 2007, informou que não haveria ônus para o consumidor brasileiro.
A versão era que não haveria repasse. Não foi o que aconteceu. Somados os valores de 2008 e 2009, o consumidor brasileiro já teve que arcar com US$ 343,3 milhões por conta do benefício dado ao Paraguai.
Parte do prejuízo já foi repassada por meio da tarifa pela qual a Eletrobras repassa a energia de Itaipu às distribuidoras. Outra parte, de cerca de US$ 1 bilhão, ficou como "ativo regulatório" -que pode ser transferido para a tarifa em momento adequado.


Texto Anterior: Brasil perderá R$ 5,5 bi se mudar acordo sobre Itaipu
Próximo Texto: Frio faz Argentina cortar gás de indústrias
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.