São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 |
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Pacote de crédito de longo prazo sai hoje Medidas visam estimular o desenvolvimento do mercado de capitais e reduzir pressão que existe sobre BNDES Entre as medidas que devem ser anunciadas está a isenção do Imposto de Renda para títulos de longo prazo DO RIO, DE BRASÍLIA E DE SÃO PAULO O governo lança hoje à tarde, no Planalto, com a presença do presidente Lula, um conjunto de medidas para estimular a participação do setor privado no financiamento de longo prazo. Com investimentos previstos nos próximos quatro anos que superam R$ 1,5 trilhão, o pacote é uma tentativa do governo de compartilhar entre o BNDES e bancos privados a responsabilidade do financiamento de projetos. As ações foram negociadas entre Fazenda, BNDES e entidades empresariais e do mercado de capitais. O pacote busca a modernização financeira, o desenvolvimento do mercado de capitais e a criação de instrumentos que aliviem a pressão sobre o BNDES no financiamento de longo prazo. Uma das principais dificuldades é mudar a cultura dos bancos privados, acostumados a trabalhar focados no curto prazo. Só 22,7% de seus empréstimos têm prazo superior a três anos. Para vencer a resistência, o governo pretende conceder incentivos tributários, como isenção do Imposto de Renda para quem comprar títulos de longo prazo. Segundo a Folha apurou, até o início da noite de ontem os técnicos tentavam resolver se a isenção valeria para todo tipo de papel de longo prazo ou só para os atrelados a investimentos, como projetos de infraestrutura. Nos últimos dois anos, o Tesouro teve de injetar R$ 200 bilhões no BNDES para que ele atendesse a demanda das empresas por financiamentos. O banco deve receber hoje autorização do governo para emitir letras financeiras (título de dívida normalmente emitido por bancos privados). Na prática, isso pode reduzir a dependência do BNDES em relação ao Tesouro e estimular o mercado de letras financeiras. Um ponto em discussão é a prorrogação do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), criado com juro menor para evitar a queda do investimento por conta da crise. Desde julho de 2009, desembolsou R$ 76,3 bilhões. A previsão é que acabe em março. (JANAINA LAGE, SHEILA D'AMORIM E TONI SCIARRETTA) Texto Anterior: Vaivém - Mauro Zafalon: Cepea aponta preço recorde nas commodities Próximo Texto: Mario Mesquita: A volta da inflação estrutural Índice | Comunicar Erros |
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