São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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Petróleo ainda não conta com uma política industrial

Entidade aponta que plano parcial do governo Lula ainda não foi implantado

Presidente da Petrobras nega atrasos e diz que um projeto específico para o setor precisa de 'discussão correta'

AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

A Petrobras terá de tocar seu plano de investimento de US$ 224,7 bilhões nos próximos cinco anos sem contar com o apoio de uma política industrial específica para o setor de petróleo e gás.
O plano de negócios da empresa é chamado pelo presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, de "Plano Marshall" para o pré-sal. O Marshall original foi um programa dos Estados Unidos para auxiliar a Europa após a Segunda Guerra Mundial.
Apesar das promessas, até hoje o governo federal não definiu uma política para o setor. "Havia uma parte da PDP [Política de Desenvolvimento Produtivo] lançada no governo Lula que incluiu o setor de petróleo e gás, mas nada foi implantado até hoje", afirmou Eloi Fernández, diretor-geral da Onip.
De acordo com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo, se não houver o engajamento das empresas brasileiras, haverá menos 1,5 milhão de empregos no setor.
A Petrobras aguarda o anúncio de uma política industrial capaz de ajudá-la a alcançar o conteúdo nacional nos equipamentos que serão contratados no Brasil.
Apesar de considerar a medida fundamental para o país, Gabrielli preferiu não polemizar. Disse ontem, em São Paulo, que o governo federal "está preocupado" e vai propor um projeto para o setor.
"O governo está trabalhando. Não lançou ainda uma política industrial para petróleo e gás, mas não há nada atrasado. Uma política dessa complexidade tem que ser discutida corretamente", afirmou Gabrielli após o seminário sobre novos desafios do pré-sal, promovido pelo Grupo O Estado de S. Paulo.


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