São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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Quem não é mega toma o rumo da periferia ou vai para o interior

DE SÃO PAULO

Com o objetivo de assegurar público em meio às gigantes do setor, livrarias de médio porte reforçam presença em locais menos explorados pela concorrência.
A Nobel tem aumentado a participação em shopping centers na periferia das capitais ou em cidades do interior, com foco nos consumidores das classes B e C. Esses locais de venda concentram 70% das suas 180 lojas.
São unidades diferentes das "megastores" de shoppings de bairros nobres: têm 100 m˛, em média, com grande proporção de livros religiosos, infantis e best-sellers.
"O tamanho desses shoppings de subúrbio e interior também favorece nosso negócio", diz Sérgio Milano Benclowicz, diretor da rede Nobel. "Eles até gostariam de uma mega livraria, mas não há espaço suficiente."
A Laselva, que nasceu em Congonhas, na zona sul de São Paulo, procurou se consolidar como referência nos aeroportos, que hoje representam 95% das suas 51 livrarias. A empresa tem ainda 9 cafés e 11 lojas de produtos importados.
Neste ano, a rede abriu unidades nos aeroportos de Confins (MG), Galeão (RJ), Salgado Filho (RS) e Goiânia (GO). A Laselva também atua em portos e rodoviárias.
A expansão dos negócios, no entanto, não tem sido a estratégia das livrarias de rua, diz Vitor Tavares, vice-presidente da CBL (Câmara Brasileira do Livro).
"Muitos livreiros estão diminuindo a atividade e até fechando as portas", afirma.
De acordo com Tavares, o problema é a concorrência "desleal" da internet.
"Muitos sites usam livros como chamariz para vender outros produtos e, por isso, repassam ao consumidor os até 40% de desconto sobre o valor de capa que conseguem com as editoras", diz.
"A solução para as livrarias de rua é, cada vez mais, a especialização em áreas e o atendimento diferenciado, com vendedores consultores literários." (CM E FVB)


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