São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

IPI maior sobre carro importado ajuda usinas

Não foram apenas as indústrias automobilísticas que gostaram das medidas restritivas impostas pelo governo à importação de veículos. As usinas também.
A medida reduzirá o número de veículos movidos apenas a gasolina, em geral importados.
No momento, os efeitos são pequenos porque a oferta de etanol está reduzida. A melhora dos canaviais e a consequente oferta maior de etanol a partir do próximo ano beneficiariam as usinas.
Os veículos importados, que representaram 15,6% do total dos licenciamentos no país em 2009, passaram para 18,8% em 2010. Até agosto deste ano, já representam 22,5%. Com a restrição à importação, a tendência é que esse percentual seja menor.
"O carro flex é o maior patrimônio das usinas", diz Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).
No momento, a oferta de etanol é menor devido à quebra de safra, mas o flex vai sustentar o setor quando vier uma supersafra. Apesar da oferta menor de etanol e de preços mais elevados, o diretor da Unica diz que há uma mudança no comportamento do consumidor.
"A demanda hoje é mais verde do que econômica", diz Padua. Mesmo com o combustível derivado da cana atingindo paridade de 70%, o consumo continua.
Em agosto foi consumido 1,1 bilhão de litros, ante 1,5 bilhão no mesmo mês do ano passado.
No próximo mês, no entanto, a relação entre oferta e demanda pode ter mudanças. A redução (de 25% para 20%) na mistura do anidro à gasolina retira 150 milhões de litros desse combustível do mercado. As usinas que precisarem de dinheiro vão vender mais hidratado.
Apesar de o consumo não ter caído como o setor imaginava, devido à elevação dos preços, a queda do etanol nas usinas indica desaceleração da demanda.
As negociações em Paulínia (SP) voltaram a cair ontem, o que ocorre desde a última semana de agosto.
Nos postos de São Paulo, álcool e gasolina mantiveram tendência de alta, mas com percentual bem inferior ao das semanas anteriores.

De novo, a Rússia O serviço sanitário russo suspendeu temporariamente, a partir de segunda-feira, as importações de mais quatro unidades brasileiras dos seguintes frigoríficos: Marfrig, Minerva, Frigol e Mabella -o último de carne de frango.

Motivo A Rússia alega ter encontrado substâncias nocivas nas carnes. A suspensão surpreendeu o setor, pois havia a expectativa de que o embargo russo fosse suspenso em breve. Nesta semana, foram realizadas reuniões em Genebra para discutir a entrada da Rússia na OMC e um acordo entre os dois países era aguardado.

Sobra de açúcar O açúcar caiu 6,7% ontem em Nova York. Após fortes altas em agosto, o mercado reflete a expectativa de que a oferta mundial possa superar a demanda.

Menor consumo Segundo a consultoria F. O. Licht, a produção europeia, que começa em outubro, será a maior em cinco anos. Além disso, China e Rússia estariam reduzindo suas compras.

Diferenciado "Ser orgânico não é apenas plantar sem agrotóxico. É respeitar a natureza integralmente." A afirmação é de Leontino Balbo Júnior, diretor comercial da Native, única empresa brasileira de alimentos selecionada para o "World Economic Forum".

Modelos O fórum fará o relatório "Redefinindo o Futuro do Crescimento: Os Campeões da Nova Sustentabilidade". As empresas escolhidas para o relatório devem servir como modelo nos países onde atuam.

DE OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES


Chicago
Soja

(US$ por bushel)13,56
Milho
(US$ por bushel)6,92

Mercado Interno
Algodão

(R$ por arroba)18,72
Trigo
(R$ por saca)26,99

Com TATIANA FREITAS


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