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Coreanos devem concluir em 2014 projeto de 1994
DE BRASÍLIA
Os favoritos para vencer o
leilão do trem-bala contam
com a discreta simpatia da
presidente eleita, Dilma
Rousseff. Mas não são rápidos para realizar seus projetos: devem levar 20 anos para
implantar menos de mil quilômetros do trem de alta velocidade em seu país.
Dilma foi a condutora do
processo que levou ao leilão
quando era ministra da Casa
Civil do governo Lula. Já eleita, ela encontrou o ministro
dos Transportes da Coreia,
Chung Jong-hwan, durante a
viagem do presidente Lula ao
país para a reunião do G20.
Em entrevista, ela disse
que Chung reiterou o desejo
de participar do leilão. O fato
é que hoje os coreanos são os
únicos prontos para isso.
Desde 2007 estão trabalhando nesse negócio no Brasil. Fizeram estudos de solo
em várias regiões por onde o
trem deve passar, estão negociando com prefeituras lugares para colocar estações e
firmando parcerias com grupos nacionais e estrangeiros.
"Na semana que vem, nós
vamos formalizar nosso consórcio. Ele deve ter pelo menos 20 empresas de todos os
segmentos", afirmou Paulo
Benitez, que coordena o consórcio no Brasil e não se diz
favorito. "Acho que teremos
até dois concorrentes."
O grupo Bertin, que também entrou em Belo Monte,
já anunciou que vai se associar aos coreanos.
Os trens coreanos serão
vendidos pela Rotem, uma
subsidiária da Hyundai, uma
das maiores companhias do
país. Eles desenvolveram um
trem próprio -que anda a
350 km/h- a partir da transferência de tecnologia feita
pela França, que venceu a
primeira concorrência para
trem-bala no país em 1994.
O modelo era semelhante
ao que será feito no Brasil. Na
Coreia, a operação dos trens
é feita por uma empresa estatal, a Korail, com 30 mil empregados e faturamento de
US$ 30 bilhões em 2009 com
operação de trens. A empresa
também é forte em negócios
imobiliários.
A primeira linha ligando
Seul a Busan levou dez anos
para ficar pronta. Houve problemas na construção e também para operar os trens.
A segunda linha, que liga a
primeira a Mokpo, está construída, mas parte opera em
baixa velocidade. As linhas
só funcionarão totalmente
em alta velocidade em 2014.
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