São Paulo, segunda-feira, 21 de junho de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Brasil se torna mais atraente para o varejo global

O Brasil subiu do 8º para o 5º lugar no Índice Global de Desenvolvimento do Varejo 2010 (GRDI). O ranking, elaborado pela consultoria de gestão americana A.T. Kearney, analisa 30 países em desenvolvimento, segundo critérios como atratividade e saturação do mercado.
À frente do Brasil na lista estão China, Kuait, Índia e Arábia Saudita.
Com a crise, executivos das empresas de varejo entenderam que os mercados desenvolvidos não são os motores de crescimento e que devem focar a expansão internacional, segundo o alemão Marcus Stricker, sócio da A.T. Kearney no Brasil.
Contar com países em desenvolvimento para garantir o crescimento não é apenas uma opção, mas uma necessidade, afirma a consultoria.
Tamanho, hábitos de consumo e segmentos pouco consolidados fazem do Brasil alternativa relevante, diz.
Quase 80% dos varejistas entrevistados citaram um ou mais países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) como parte de planos de expansão internacional de curto prazo.
"O Brasil é o primeiro país para o setor de vestuário, em que só a C&A é estrangeira." A expansão também está na agenda de 92% dos varejistas de emergentes ouvidos.
"Mas, para empresas brasileiras, diferentemente de varejistas da América Latina, a prioridade é consolidar seu grande mercado doméstico."



No mar 1 Para a temporada de cruzeiros que começa em outubro, o Brasil deve receber 20% da frota mundial de transatlânticos, hoje com 200 navios, de acordo com a Abremar (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos).

No mar 2 Esses navios levam 13,44 milhões de turistas por ano, sendo 5,35% na costa brasileira. Até 2012, a frota mundial terá mais 26 embarcações, segundo a entidade.

Piscinas A HTH investiu R$ 4 milhões em um novo produto de tratamento de bactérias e esverdeamento da água a ser lançado no Brasil. A empresa espera faturar mais de R$ 150 milhões em 2010 -12% a mais que em 2009.

Design A Häfele, alemã de ferragens, investiu R$ 4 milhões no seu primeiro Design Studio no Brasil, em SP. O grupo atende mais de 40 países e faturou 1 bilhão em 2009.

Lucros A Geração Futuro lança um fundo de dividendos (o GF Dividendos FIA) com uma carteira diversificada. É o primeiro fundo de dividendos da corretora de valores com sede no Rio Grande do Sul.

Na rede 1 Cerca de 70% das compras dos brasileiros na internet são de eletrônicos, seguidas pelas lojas de departamentos, com 58%. Os dados são da Media Democracy, pesquisa realizada pela Deloitte.

Na rede 2 O segmento de supermercados ocupa o quinto lugar no ranking, mas tem o maior potencial de crescimento, segundo Reynaldo Saad, da consultoria.

Malas prontas O número de visitantes de São Paulo cresceu 50% de 2005 a 2009 (de 7,5 milhões a 11,3 milhões ao ano). O São Paulo Convention & Visitors Bureau investiu R$ 12 milhões em campanhas de turismo.


COMANDO FRANCÊS

Com a vinda do francês Joel Paillot para a presidência da Coface do Brasil, o escritório de São Paulo irá centralizar a análise de risco da América Latina.
A nova gestão terá mais autonomia nas operações de seguro de crédito.
"Antes, quando surgia um pedido de avaliação de crédito acima de 4 milhões, tínhamos de repassar a análise à matriz. Agora, vamos tomar decisões de até 20 milhões para toda a região", afirma Paillot.
Entre as metas, está a ampliação de duas linhas de serviço no país: a gestão de cobrança e a área de informações comerciais.
Com a crise na Europa, cresceu o interesse de empresas brasileiras por informações sobre parceiros no exterior, devido ao temor de inadimplência, diz ele.

EM BUSCA DE PROFISSIONAIS
O mercado de luxo brasileiro sofre com a falta de profissionais qualificados.
A área com maior carência é a de vendas, apesar dos bons salários, estimados em R$ 3.000 iniciais para candidatos sem experiência.
Os motivos que mais levam ao veto de candidatos são a falta de domínio do português, o descuido no figurino e o uso de voz alta.
Os dados são da Human Trace, que entrevistou cerca de cem executivos do setor, neste ano, em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES


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