São Paulo, terça-feira, 21 de setembro de 2010

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Crise econômica mundial inspira roteiros de cinema

DE SÃO PAULO

A crise financeira, que foi arrasadora para os setores produtivos em todo o mundo, vai agora beneficiar a indústria audiovisual.
Se, por um lado, a bancarrota mundial enxugou receitas para as gravações, por outro, serviu de inspiração para roteiros de cinema e documentários.
Quatro recentes títulos americanos contam histórias de episódios e personagens que tiveram contribuição ou relação com a crise.
Em "O Cliente 9, a Ascensão e Queda de Eliot Spitzer" (tradução livre do título), o diretor Alex Gibney mostra a trajetória do personagem, que ficou conhecido como o "xerife" de Wall Street por ter processado empresas em casos de fraudes financeiras.
O filme esmiúça o escândalo de prostituição que derrubou Spitzer do cargo de governador de Nova York, além da contribuição do episódio e do personagem para a crise.
Em um dos comentários, antes do Festival Internacional de Cinema de Toronto, o diretor afirmou que a recorrência das crises financeiras o motivou a tratar do tema.
No documentário "Dentro do Emprego" (tradução do inglês), Charles Fergusson detalha a contribuição de grandes figuras para a turbulência -entre eles, Spitzer.
O filme, narrado por Matt Damon, pretende expor a "chocante verdade" por trás da crise, e reserva espaço particular a Paul Volcker, ex-presidente do BC americano, tido como amigável demais ao mercado financeiro.

WALL STREET
Michael Douglas está de volta na segunda versão de "Wall Street", de Oliver Stone. O filme pega carona no primeiro título ("Wall Street, Poder e Cobiça"), de 1987, e tira o personagem Gordon Gekko da prisão para ajudar o namorado da filha, um corretor de Wall Street, a se vingar de um diretor de banco. O filme estreia no Brasil no fim desta semana.
Com um teor de ficção, "Casino Jack", que sairá em dezembro nos EUA, foca a atuação do lobista Jack Abramoff. O filme mostra a influência do personagem na crise e a sequência de episódios de corrupção que o levaram à cadeia.
Gobney explica o porquê do lançamento dos filmes nesta época. Segundo ele, os títulos obedecem à média do cinema, que, em geral, leva dois anos para abordar um evento nos roteiros.


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