São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

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Tecnologia submersa

No futuro, produção de óleo sairá das plataformas e migrará para o fundo do mar; nova tecnologia estará disponível a partir de 2016

PEDRO SOARES
DO RIO

A Petrobras planeja, em cinco anos, lançar uma tecnologia revolucionária de produção de petróleo em alto-mar, que marcará a segunda fase da exploração de óleo no pré-sal, a partir de 2016.
Quase todo o processamento de óleo, feito hoje em plataformas de mais de 50 toneladas e com custo que pode superar US$ 2 bilhões, será realizado por equipamentos submarinos, mais baratos e leves.
Os processos de separação de óleo, gás e água (que sobem misturados dos poços) migrarão das plataformas para o fundo do mar e a principal função destas passará a ser a de estocagem.
O controle dos equipamentos ficará nas plataformas e será automatizado -as reservas do pré-sal estão a mais de 2.000 metros de profundidade, o que torna impossível o mergulho.
A Petrobras não tem cálculos precisos ainda, mas assegura que as plataformas vão custar menos. Poderão ainda ficar mais distantes dos poços, em águas mais rasas, o que reduz o custo de operação. Os reservatórios do pré-sal estão a 300 km da costa.
"Podemos ligar os poços às plataformas com dutos submarinos", disse Ibsen Flores Lima, gerente-geral de instalações e processos de produção da área de exploração e produção da Petrobras.
Até 2016, a estatal promete dominar todas as etapas de produção submarina.
A estatal prevê 40 plataformas para o pré-sal até 2020. As oito ou dez primeiras começarão a produzir antes de 2016 e usarão a tecnologia atual de processamento de óleo nas próprias unidades.


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