São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2010

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Contratações registram 5º recorde seguido

Foram gerados no mês passado 298.041 postos de trabalho com carteira assinada

Daniel Marenco - 1º.jun.10/Folhapress
Linha de montagem da Prensas Schuler; os 25 subsetores da economia criaram vagas

JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O mercado de trabalho com carteira assinada registrou no mês passado o quinto recorde mensal seguido de geração de empregos.
Em maio, os 25 subsetores da economia contribuíram para o aumento da oferta de postos formais, levando à geração de 298.041 vagas.
Trata-se do melhor resultado para o mês de maio e do quarto maior volume de contratações em um único mês desde 1992 -início da série histórica do Ministério do Trabalho sobre o comportamento do emprego formal.
A expectativa do ministro Carlos Lupi (Trabalho) é que o desempenho neste mês supere o de maio. "Junho deverá ser o melhor mês de toda a história do emprego formal. Acredito que vamos ter um saldo próximo de 320 mil vagas", afirmou Lupi.
Até hoje, o recorde mensal de geração de vagas foi apurado em junho de 2008, quando o saldo de postos com carteira assinada alcançou 309 mil empregos.
No acumulado do ano, o número de vagas criadas em 2010 já chega a 1,260 milhão -o que também é o maior volume já registrado para o período. Lupi manteve sua previsão de gerar 2,5 milhões de empregos formais neste ano.
Na avaliação do ministro, além do bom desempenho da economia, dois outros fatores contribuirão para o crescimento do mercado formal nos próximos meses: a Copa do Mundo e as eleições. "Os economistas não estão olhando para isso."
Lupi criticou analistas que veem no aquecimento do mercado de trabalho riscos para o aumento da inflação.
"Não vejo riscos. A discussão é se a inflação vai ficar 0,25 ponto percentual a mais ou a menos. O que gera inflação é falta de produção, e isso não está ocorrendo. A indústria ainda trabalha com capacidade igual à de 2007 e temos de lembrar que o Brasil não é só indústria. Foram os setores de comércio, serviços e construção civil que apresentaram bom desempenho na crise", declarou.
Em números absolutos, o setor de serviços foi responsável pela maior abertura de vagas: 86.104. A agricultura apresentou a maior taxa de crescimento no mês, ao criar 62.247 postos de trabalho.
Pelo terceiro mês seguido, o comércio teve desempenho recorde com a criação de 43.465 empregos com carteira assinada.
Na construção civil, o saldo de vagas ficou positivo em 39.082 postos.


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