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Fundo que agia no Brasil é processado no caso Madoff
Ação na Justiça americana pede US$ 3,6 bilhões ao Fairfield Greenwich
Fundo afirma que acusações feitas são
"falsas, enganadoras e
recicladas'; fraude pode ter chegado a US$ 65 bi
DE SÃO PAULO
O administrador responsável por recuperar o dinheiro
perdido na fraude do caso
Bernard Madoff entrou com
uma ação contra os membros
do fundo Fairfield Greenwich, que atuava no Brasil e
que foi um dos que mais encaminharam investidores
para o fraudador.
No documento enviado à
Justiça norte-americana, o
administrador Irving Picard
cita as atividades no Brasil do
fundo.
Ele diz que um dos acusados, Philip Toub, genro de
Walter Noel (fundador do
Fairfield Greenwich), tinha
como mercados principais o
Brasil e o Oriente Médio.
"Essas atividades exigiam
necessariamente que Toub
estabelecesse relações com
investidores do Fairfield
Greenwich e, portanto, respondesse aos clientes informações relacionadas a Madoff", diz o documento.
A mulher de Walter Noel,
Monica, é brasileira, e uma
sobrinha do casal, Bianca
Haegler, era representante
do fundo no Brasil.
Picard afirma que os integrantes do Fairfield Greenwich sabiam da fraude de
Madoff e, para continuar lucrando, não tomaram nenhuma medida.
"Os acusados não são vítimas. Eles são facilitadores.
Eles aumentaram a dor dos
clientes de Madoff e dos seus
próprios investidores."
O administrador quer
compensação de US$ 3,6 bilhões pelos danos causados
pelo fundo.
O Fairfield Greenwich afirmou, em nota, que a ação é
"repleta de acusações falsas,
enganadoras e recicladas".
Madoff está preso desde o
ano passado, acusado de
montar esquema fraudulento que pode ter provocado
perdas de US$ 65 bilhões.
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