São Paulo, quinta-feira, 22 de julho de 2010

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Mantega ataca críticos de aporte ao BNDES

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Guido Mantega (Fazenda) defendeu o aporte de recursos do Tesouro ao BNDES e atacou seus críticos, para os quais o mecanismo eleva a dívida pública e permite ao governo expandir os gastos e beneficiar setores sem transparência orçamentária.
"São pessoas que já ajudaram a quebrar o país e teriam quebrado de novo se estivessem no governo em 2009", disse, em aparente referência a economistas que participaram do governo FHC (1995-2002).
Em texto publicado ontem pela Folha, o colunista Alexandre Schwartsman, que foi diretor do BC no governo Lula, criticou os empréstimos ao BNDES. Trata-se, escreveu Schwartsman, de "uma monumental transferência de renda para setores privilegiados".
Mantega disse que a operação evitou a queda de 3% da renda nacional em 2009 -quando foram entregues R$ 100 bilhões em títulos públicos ao BNDES e o PIB teve retração de 0,19%.
O dinheiro, argumentou, não é a fundo perdido: as empresas pagarão ao BNDES, e o banco pagará ao Tesouro. Embora haja aumento da dívida pública bruta, a dívida líquida (que desconta os créditos do governo) não se altera.


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