São Paulo, domingo, 22 de agosto de 2010

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Banco considera hipóteses adotadas conservadoras

DE SÃO PAULO

O BNDES rejeita a ideia de que tentou inflar os números do estudo divulgado na semana passada e afirma que adotou critérios conservadores ao calcular os benefícios gerados pelos empréstimos feitos de 2009 para cá.
Em resposta a questionamentos apresentados pela Folha, a assessoria de imprensa da instituição disse que o estudo desprezou estimativas feitas sobre os custos dos subsídios embutidos nessas operações para os cofres do Tesouro por considerá-las imprecisas demais.
"As premissas com as quais se trabalhou geraram resultados que não obtiveram consenso entre os economistas do BNDES que participaram das análises. Os benefícios são mais facilmente mensuráveis porque estão mais concentrados no curto prazo", informou.
Num cenário examinado pelos economistas do banco na preparação do estudo e depois descartado, o custo total dos subsídios às operações do BNDES foi estimado em R$ 48 bilhões, o que reduziria de R$ 79 bilhões para R$ 31 bilhões o valor dos ganhos obtidos pela ação do banco em termos líquidos.
Além do custo dos empréstimos do Tesouro para o BNDES, o cenário incluiu estimativa do custo dos subsídios previstos pelo PSI (Programa de Sustentação do Investimento), lançado na crise para financiar compras de máquinas e caminhões.
Segundo o banco, as hipóteses do estudo reproduzem as condições restritivas encontradas no mercado quando o governo decidiu reforçar os cofres do BNDES. "Essa restrição foi amenizada, mas o financiamento privado ao investimento tem se recuperado lentamente." (RB)


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