|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
iPad nem chegou e já mobiliza empresas
Anunciantes desenvolvem aplicativos e ações de marketing para marcar sua presença no novo tablet da Apple
Para publicitário, marcas precisam saber explorar ao máximo
a interatividade que o aparelho proporciona
MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO
Os publicitários do país se
dividem hoje entre os que já
têm um iPad e os que estão
tentando conseguir um. Não
se fala em outra coisa no
meio publicitário e nos departamentos de marketing
das empresas.
O aparelho que está mudando a forma de as pessoas
se relacionarem com o computador ainda não tem data
para chegar ao Brasil, mas as
empresas já se preparam para a sua chegada.
A Maya, produtora de soluções digitais, está desenvolvendo projetos para o
iPad por encomenda de três
empresas: uma montadora,
uma empresa de alimentação e um banco.
Há ainda mais cinco bancos que solicitaram orçamento, mas estão em fase de
aprovação. "Estamos contratando mais gente, pois essa
demanda superou nossas expectativas", diz Rodrigo Pereira, 28, sócio-diretor da Maya, que comanda uma equipe de 26 pessoas.
Para o vice-presidente de
atendimento da agência de
publicidade Lew'Lara, Márcio Oliveira, não é simples
colocar a marca no iPad.
"Tem que entender que existe uma forma muito particular de fazer a interação. Se a
empresa não entender isso,
ela pode dançar."
Na quinta-feira, a Lew'Lara reuniu quase cem pessoas,
entre clientes e profissionais
da própria agência, para uma
aula sobre o iPad.
APLICATIVOS
Uma das formas de interagir é com a criação de aplicativos -uma nova indústria
que surgiu com os smartphones. Só na Apple, existem
200 mil aplicativos para baixar, oferecendo algum tipo
de serviço ou diversão.
As empresas logo perceberam o potencial de marketing
e estão na corrida para desenvolver aplicativos "patrocinados", que o usuário pode
baixar gratuitamente.
Nos EUA, existem até fundos de "venture capital"
-que financiam novos negócios- voltados para empresas de aplicativos, os iFunds.
A "Forbes" já conta com
ranking dos melhores e piores aplicativos patrocinados.
Alguns são apenas ferramentas de marketing, que
carregam a marca da empresa. Os melhores são aqueles
capazes de alavancar diretamente as vendas.
Tecnicamente, um aplicativo para iPhone pode ser
usado no iPad. Mas, se quiser
realmente fazer a diferença,
será preciso criar algo novo.
"Temos um grande desafio. O iPad vem com outras
funcionalidades e seu uso é
diferente do do iPhone", diz
a diretora de marketing da
Nívea, Maria Laura Santos.
O aplicativo para iPhone
do protetor solar da marca,
que avisa quando está na hora de se proteger, é dos mais
baixados na Apple Brasil.
"O iPad é um universo totalmente novo e fascinante.
Quem quiser fazer a diferença vai ter de quebrar a cabeça
e criar", diz Amauri Mello, 57,
vice-presidente da Gol Mobile, que está desenvolvendo
três projetos para o aparelho.
Texto Anterior: Para governo e indústria, nova norma incrementará consumo Próximo Texto: Apesar de barreiras, Brasil tem mil aparelhos Índice
|