DE SÃO PAULO

Aficionados por tecnologia e pessoas que de alguma forma trabalham com o iPad estimam que já existam mais de mil aparelhos em uso no Brasil. Foram trazidos na mala em viagens aos EUA e comprados no site MercadoLivre ou na rua Santa Ifigênia, no centro de São Paulo.
A reportagem da Folha esteve na Santa Ifigênia na semana passada e encontrou três fornecedores. Não foi difícil achar, mas ninguém se descuida.
Os aparelhos não ficam disponíveis para pronta entrega. Paga-se caro e adiantado. E ainda é preciso voltar para buscar o aparelho em até três dias.
Um dos fornecedores oferece o modelo 3G de 16 GB por R$ 2.200. Na loja da Apple, o mesmo produto sai por US$ 629 (cerca de R$ 1.177).
O modelo mais básico, que é só wi-fi, mas não tem chip (US$ 499 na Apple), não foi encontrado nas ruas do centro. Pelo fato de a venda ser proibida, a Apple Brasil diz que a empresa não oferece assistência técnica.
Disponível, por ora, apenas nos EUA, o iPad teve 1 milhão de unidades vendidas nos primeiros 28 dias. É mais que o iPhone no mesmo período.
A cada semana, 200 mil novos aparelhos são vendidos. Número que só tende a crescer à medida que novos países começarem a vender o produto, a partir do dia 28.
O Brasil ficou de fora do cronograma de lançamento da Apple por duas razões: o produto precisa ser homologado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e só poderá ser vendido com o fim de uma disputa judicial com a empresa Transform Tecnologia, que detém o registro da marca iPad.
Mesmo sem previsão de chegada do produto, a Vivo lançou, na semana passada, um microchip no formato próprio para o iPad 3G. Antes disso, os poucos que têm a versão 3G tinham que literalmente quebrar o chip.
Os donos de iPads no país também não precisam mais do "gift card" (cartão-presente, pré-pago), adquirido lá fora, para comprar aplicativos e livros ou fazer assinaturas de jornais e revistas. Na quinta-feira, a Apple liberou as compras para clientes com contas no Brasil.
(MB)


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