São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2011

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Grupo americano investe no cinema chinês

Carlyle Group adquire 80% da GDC Technology, de Hong Kong, por US$ 75 milhões

JAMIL ANDERLINI
DO "FINANCIAL TIMES", EM PEQUIM

O grupo de capital privado norte-americano Carlyle Group adquiriu uma participação acionária de 80% no maior fornecedor chinês de servidores digitais para cinema, em uma tentativa de explorar o crescimento explosivo do mercado cinematográfico chinês.
A China conta com cerca de 7.000 salas de cinema comercial, ou cerca de um sétimo do número existente nos Estados Unidos, mas está inaugurando em média três salas por dia, num ritmo de crescimento que é de longe o mais intenso do planeta.
A mais recente aquisição do Carlyle é a GDC Technology, de Hong Kong, que detém aproximadamente 54% do mercado dos servidores digitais de cinema, que ocupam posição central na atual onda de digitalização do setor cinematográfico.
Na China, o índice de digitalização das salas de cinema já chega a 70%, ante a média mundial de cerca de 25%.
O setor cinematográfico chinês conseguiu saltar para as tecnologias mais avançadas porque muitos dos cinemas multiplex foram construídos recentemente e assim já surgiram equipados com projetores digitais, em lugar de terem de realizar dispendiosas atualizações nos velhos equipamentos analógicos.
O Carlyle não revelou detalhes financeiros sobre a aquisição, mas pessoas conhecedoras da transação disseram que a participação de 80% na GDC Technology foi adquirida por US$ 75 milhões aos antigos acionistas, entre os quais a Beijing Capital Steel e Li Ka-Shing, magnata de Hong Kong considerado como o homem mais rico da Ásia.
O Carlyle investiu em parceria com o Yunfeng, um fundo chinês de capital privado que conta com o apoio de Jack Ma, fundador do grupo de internet chinês Alibaba.
Man-Nang Chong, fundador e presidente-executivo da GDC Technology, disse que o lucro líquido de sua empresa cresceu cerca de 25% nos primeiros nove meses do ano ante o mesmo período em 2010 e que a companhia ganhou mercado em lugares como Japão e China.
Os principais concorrentes da companhia são a Dolby, a Sony e o grupo norte-americano Doremi.
"Estamos bem posicionados para aproveitar duas ondas, agora -a onda mundial de conversões para projeção digital de cinema e a segunda onda de instalação de novas telas na China", afirmou Chong.

Tradução de PAULO MIGLIACCI



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