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Chineses e indianos patrocinam África-10
Países expõem marcas nos estádios da Copa
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
Pouco familiarizadas com
o futebol e com dinheiro no
bolso, a China e a Índia não
se classificaram entre os 32
países na Copa do Mundo,
mas emplacaram representantes no seleto grupo das oito empresas que patrocinam
o Mundial.
Na publicidade dos estádios durante os jogos, chamam a atenção os caracteres
em mandarim (alternados
com uma versão em inglês)
da Yingli Solar, desconhecida fabricante de módulos fotovoltaicos para captação de
energia solar.
O Brasil foi o terceiro país
do Bric (que também inclui a
Rússia) a garantir lugar entre
os oito patrocinadores oficiais do Mundial, com o grupo de alimentação Marfrig,
por meio da marca Seara.
Fundada em 1998, a Yingli
é a primeira empresa chinesa
a patrocinar uma Copa. Exporta para os Estados Unidos
e a Europa, entre outros mercados, emprega 7.000 pessoas e tem patrimônio de
R$ 4,98 bilhões.
"A Copa é uma excelente
plataforma para empresas
mundiais com relação à
construção de marca e de
marketing", disse à Folha
Miao Qing, porta-voz da Yingli. Ele se se recusou a revelar
o valor do patrocínio.
Segundo Zhong Yi Qian,
professor da Escola de Propaganda da Universidade de
Comunicação da China, investimentos como o da Yingli
na Copa são bastante raros
entre empresas chinesas.
"Ainda há poucas companhias chinesas no mercado
global usando a sua própria
marca", afirmou.
Miao disse ter dúvidas sobre a eficácia de veicular propaganda em mandarim por
limitar o alcance à Ásia.
"O que é favorável para a
Yingli é que a maioria dos
chineses valoriza tudo o que
seja estrangeiro. Assim, Yingli pode seguir a estratégia
do exterior para o interior."
TECNOLOGIA
Outra estreante em Copas
é a Mahindra Satyam, especializada em tecnologia da
informação e também a primeira empresa indiana a patrocinar o Mundial.
Com presença em 60 países, a Satyam tem contrato
de fornecimento com a Fifa
tanto para a África do Sul como para a Copa no Brasil, onde já atua.
A terceira asiática já é veterana e mais conhecida: a sul-coreana Hyundai, que assinou um dos seis contratos de
parceria com a Fifa, categoria
hierarquicamente superior à
de patrocinante da Satyam e
da Yingli.
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