São Paulo, sexta-feira, 25 de junho de 2010

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Chineses e indianos patrocinam África-10

Países expõem marcas nos estádios da Copa

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Pouco familiarizadas com o futebol e com dinheiro no bolso, a China e a Índia não se classificaram entre os 32 países na Copa do Mundo, mas emplacaram representantes no seleto grupo das oito empresas que patrocinam o Mundial.
Na publicidade dos estádios durante os jogos, chamam a atenção os caracteres em mandarim (alternados com uma versão em inglês) da Yingli Solar, desconhecida fabricante de módulos fotovoltaicos para captação de energia solar.
O Brasil foi o terceiro país do Bric (que também inclui a Rússia) a garantir lugar entre os oito patrocinadores oficiais do Mundial, com o grupo de alimentação Marfrig, por meio da marca Seara.
Fundada em 1998, a Yingli é a primeira empresa chinesa a patrocinar uma Copa. Exporta para os Estados Unidos e a Europa, entre outros mercados, emprega 7.000 pessoas e tem patrimônio de R$ 4,98 bilhões.
"A Copa é uma excelente plataforma para empresas mundiais com relação à construção de marca e de marketing", disse à Folha Miao Qing, porta-voz da Yingli. Ele se se recusou a revelar o valor do patrocínio.
Segundo Zhong Yi Qian, professor da Escola de Propaganda da Universidade de Comunicação da China, investimentos como o da Yingli na Copa são bastante raros entre empresas chinesas.
"Ainda há poucas companhias chinesas no mercado global usando a sua própria marca", afirmou.
Miao disse ter dúvidas sobre a eficácia de veicular propaganda em mandarim por limitar o alcance à Ásia.
"O que é favorável para a Yingli é que a maioria dos chineses valoriza tudo o que seja estrangeiro. Assim, Yingli pode seguir a estratégia do exterior para o interior."

TECNOLOGIA
Outra estreante em Copas é a Mahindra Satyam, especializada em tecnologia da informação e também a primeira empresa indiana a patrocinar o Mundial.
Com presença em 60 países, a Satyam tem contrato de fornecimento com a Fifa tanto para a África do Sul como para a Copa no Brasil, onde já atua.
A terceira asiática já é veterana e mais conhecida: a sul-coreana Hyundai, que assinou um dos seis contratos de parceria com a Fifa, categoria hierarquicamente superior à de patrocinante da Satyam e da Yingli.


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