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Outro lado
Taxa cobre custo operacional, dizem bancos
DE SÃO PAULO
Ao mesmo tempo em que
atribuem a responsabilidade
da cobrança uns ao outros,
bancos e construtoras justificam a taxa de interveniência
como meio de cobrir custos
burocráticos e operacionais.
Segundo Milton Goldfarb,
presidente da Goldfarb, empresa do mesmo grupo da
CHL, a transferência do financiamento é custosa.
"Quando eu mando o contrato novo para o banco que
financiou o crédito, esse banco vai ter que fazer uma análise jurídica, dar baixa na dívida, fazer um documento
para dar baixa na hipoteca. É
um trabalho imenso."
Segundo Goldfarb, a cobrança da taxa é recente porque agora o crédito imobiliário está mais facilitado.
"Há três anos, a construtora oferecia o financiamento e
o cliente dava graças a Deus.
É um processo de amadurecimento. Pode ser que daqui a
uma ano não se cobre taxa."
Ele criticou o Procon: "Se
eu fosse trabalhar baseado
no Procon, já tinha falido".
Procurados pela Folha, os
bancos disseram que a taxa é
cobrada das construtoras.
Em nota, o Itaú informou
que "não autoriza que o valor
seja repassado". Segundo o
banco, "essa tarifa tem a finalidade de remunerar procedimentos operacionais".
Já o Santander disse em
nota que, "no caso de financiamentos com outra instituição, a única taxa cobrada é a
de interveniência, regulada
pelo Banco Central. A tarifa,
contudo, não deve ser cobrada do cliente final". A assessoria do BC negou que haja
regulamentação.
A Plano & Plano disse em
nota que não cobra a taxa:
"Ocorre que a taxa nos é cobrada pelo banco, e nos ressarcimos perante o cliente,
pois o contrato prevê que todas as despesas oriundas do
financiamento da unidade
correm por conta do comprador". A CR2 não comentou.
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