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VAIVÉM
MAURO ZAFALON mauro.zafalon@grupofolha.com.br
País será o maior consumidor de café até 2014
Maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil está às vésperas de tornar-se também o maior consumidor mundial do produto.
Estudo da consultoria
MBAgro indica que, se o país
mantiver o crescimento previsto para 2010, de 7% ao
ano, pelos próximos três ciclos de produção, na safra
2013/2014 será o maior mercado mundial, com consumo
de 24,57 milhões de sacas.
O aumento da renda, aliado à sofisticação do consumo, garante o cenário propício para a maior presença do
café na mesa dos brasileiros
-seja por aumento do poder
aquisitivo ou pela maior curiosidade de provar especialidades diferentes.
No ano passado, os brasileiros demandaram 18,75 milhões de sacas de café verde,
segundo o Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), o que representa um
consumo de 5,8 quilos por
habitante ao ano.
O país ficou atrás apenas
dos EUA, onde foram utilizadas 23,33 milhões de sacas.
Nas suas estimativas, a
MBAgro atribui um crescimento marginal de 0,5% ao
ano para o consumo norte-americano. Para o brasileiro,
a estimativa é de uma expansão de 7% ao ano até a safra
2013/2014, anunciada pela
Abic (Associação Brasileira
da Indústria de Café).
Segundo César de Castro
Alves, analista da MBAgro, a
produção tem condições de
acompanhar essa expansão.
"Tudo depende do preço pago ao produtor e da rentabilidade da atividade", diz.
Neste ano, o setor recompõe suas margens, após anos
de estabilidade nas cotações.
Quebra de safra na Colômbia
e em importantes produtores
da América Central estão
provocando altas nos preços.
"No país, a saca de café
que era vendida por R$ 250
em maio agora é comercializada em torno de R$ 310", diz
Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic. No varejo, a indústria deve aplicar
um reajuste de pelo menos
15% nas próximas semanas.
Avanço lá fora As exportações de soja dos EUA já
superam a estimativa de 39,7
milhões de toneladas para o
ano comercial 2009/10, que
termina em agosto. Segundo
relatório de exportação do
USDA, elas ultrapassam 40
milhões de toneladas.
E aqui O ritmo de comercialização de soja brasileira
evoluiu na última semana,
mas ainda é inferior ao do
ano passado. Levantamento
da Céleres mostra que 78%
da safra 2009/10 foi vendida.
Em igual período de 2009, esse número era de 83%.
Incertezas Os produtores esperam momentos de
maior volatilidade na Bolsa
de Chicago para vender a soja. As exportações sobem
3,5% neste mês, em relação a
junho, segundo a média diária da Secex.
Mês de ganhos O ministério continua mostrando
que julho será rentável para
os exportadores de carnes e
açúcar. Os embarques diários estão 30% e 81% maiores
do que em julho de 2009.
Boi sobe O reflexo da
pouca oferta de bois para o
abate chega aos frigoríficos
do interior paulista. Pesquisa
da Folha mostra alta 1,3% no
dia, com negócios variando
de R$ 80 a R$ 83 a arroba.
Suíno também A dificuldade de encontrar animais para o abate também
fez o valor do suíno subir. Na
média, a arroba ficou em R$
50,40 em São Paulo. Em 30
dias, a carne avança 3,9%.
OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES
Mercado Interno
ARROZ
(R$ p/saca) R$ 26,5
FEIJÃO
(R$ p/saca) R$ 125,3
Chicago
MILHO
(US$ p/ bushel) 3,6
SOJA
(US$ p/ bushel) 9,9
TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES
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