São Paulo, sábado, 28 de maio de 2011

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Elevadores "sem botão" geram economia de energia de até 70%

Construtoras implantam mecanismo em prédios comerciais
FELIPE VANINI BRUNING
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A sensação de entrar num elevador sem botões pode ser confusa. Para a maioria das pessoas, faz falta não pressionar o botão do andar em que desejam parar. Ainda assim, é melhor do que esperar.
Para economizar energia, aumentar a velocidade das viagens e, principalmente, diminuir as filas, as construtoras têm recorrido aos elevadores inteligentes, especialmente no caso dos imóveis comerciais.
Hoje, não apenas Rio e São Paulo, mas cidades como Santos, Ribeirão Preto, Curitiba, Fortaleza, Recife, Salvador, Porto Alegre, Brasília, entre outras, já contam com o sistema de antecipação de chamada, que aumenta a velocidade de transporte com o agrupamento dos passageiros que vão ao mesmo andar.
O gasto com energia, dependendo do modelo de sistema, é reduzido entre 40% e 70%, segundo as multinacionais ThyssenKrupp, Otis e Atlas Schindler, donas de uma fatia de mais de 80% do mercado brasileiro de elevadores. Estima-se que o setor movimente cerca de R$ 3 bilhões anualmente.
O sistema encarece em até 20% os preços dos elevadores. "Os elevadores custam, em geral, de 2% a 3% do valor do empreendimento. Ainda que se somem a isso mais 20%, é um custo relativamente baixo", diz Luciano Grando, especialista em elevadores e escadas rolantes.
Segundo os fabricantes, o ganho com velocidade é de até 30% por elevador. "Considerando que o mais indicado é que os edifícios que adotem o sistema tenham um conjunto de mais de três elevadores, é como se você instalasse um aparelho adicional", diz Grando.

DESORIENTAÇÃO
A analista da área de cash management do Itaú-BBA Paula Camacho, porém, afirma que demorou para se acostumar com os elevadores inteligentes. "É muito estranho no começo não ter de apertar nenhum botão", diz ela. "Agora já me sinto um pouco menos desorientada."
Segundo Grando, os elevadores inteligentes precisam de um tempo para serem assimilados. "O uso vai demandar uma mudança cultural muito forte. As pessoas estão acostumadas com um tipo de elevador e é natural estranharem essas inovações."
Mas há quem prefira esse sistema. "Esses elevadores são mais rápidos do que os comuns", afirma João Santos, assessor do Fórum de Líderes Empresariais.
No Eldorado Business Center, em São Paulo, o sistema de antecipação de chamadas integra o funcionamento de 18 elevadores.
O edifício, que tem 32 andares, recebe diariamente mais de 6.000 pessoas, entre funcionários e visitantes. "Fazemos, em média, 2.000 viagens de elevador por dia. Sem esse sistema, com certeza teríamos filas na entrada", diz o administrador do condomínio, Fernando Sinicatto, da CB Richard Ellis.


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