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Empresas reagem à proposta de aumentar royalties
DO ENVIADO À BAHIA
Os investidores da área de
commodities metálicas veem
"casuísmo" e consideram
"absurda" a atual discussão
de aumentar as alíquotas de
royalties cobrados na exploração mineral.
Os três principais candidatos à Presidência (José Serra,
PSDB; Dilma Rousseff, PT; e
Marina Silva, PV) defendem
a mudança. Alegam que as
alíquotas sobre petróleo são
bem mais elevadas.
Em 2008, as empresas de
mineração recolheram um
recorde de R$ 872 milhões
em royalties. No caso do petróleo, foram R$ 16,4 bilhões
no ano passado.
"Somos o novo "pavão de
favela': na falta de frango, é
quem cai na panela", diz Clóvis Torres, presidente da Bahia Mineração, em referência
à atenção que o setor vem
despertando por conta da demanda mundial aquecida.
A Bamin prevê extrair 19,5
milhões de toneladas de minério de ferro/ano em Caetité. Para isso, vai investir US$
1,8 bilhão, o que inclui uma
ponte de 2,5 km mar adentro
ao norte de Ilhéus (com uma
esteira por onde o minério será transportado até navios).
No caso das jazidas da Bamin, o teor de minério de ferro nas rochas varia de 38% a
42%, e o investimento deve
se pagar em até seis anos.
Mas a empresa poderá ter o
que explorar, no melhor cenário, por mais de 30 anos.
Para Teobaldo Oliveira,
superintendente do DNPM
(Departamento Nacional de
Produção Mineral) da Bahia,
dificilmente haverá tão cedo
"espaço político" para alterar a questão dos royalties
minerais no país.
Oliveira afirma que a Bahia é, de fato, a "grande novidade recente" na área de mineração e que se converteu
em "nova fronteira" para investimentos do setor.
Outra investindo no Estado é a Mirabela, subsidiária
da empresa australiana do
mesmo nome. A companhia
terá na Bahia a segunda
maior mina de níquel sulfetado do mundo.
(FCZ)
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