São Paulo, sábado, 29 de maio de 2010

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Empresas reagem à proposta de aumentar royalties

DO ENVIADO À BAHIA

Os investidores da área de commodities metálicas veem "casuísmo" e consideram "absurda" a atual discussão de aumentar as alíquotas de royalties cobrados na exploração mineral.
Os três principais candidatos à Presidência (José Serra, PSDB; Dilma Rousseff, PT; e Marina Silva, PV) defendem a mudança. Alegam que as alíquotas sobre petróleo são bem mais elevadas.
Em 2008, as empresas de mineração recolheram um recorde de R$ 872 milhões em royalties. No caso do petróleo, foram R$ 16,4 bilhões no ano passado.
"Somos o novo "pavão de favela': na falta de frango, é quem cai na panela", diz Clóvis Torres, presidente da Bahia Mineração, em referência à atenção que o setor vem despertando por conta da demanda mundial aquecida.
A Bamin prevê extrair 19,5 milhões de toneladas de minério de ferro/ano em Caetité. Para isso, vai investir US$ 1,8 bilhão, o que inclui uma ponte de 2,5 km mar adentro ao norte de Ilhéus (com uma esteira por onde o minério será transportado até navios).
No caso das jazidas da Bamin, o teor de minério de ferro nas rochas varia de 38% a 42%, e o investimento deve se pagar em até seis anos. Mas a empresa poderá ter o que explorar, no melhor cenário, por mais de 30 anos.
Para Teobaldo Oliveira, superintendente do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) da Bahia, dificilmente haverá tão cedo "espaço político" para alterar a questão dos royalties minerais no país.
Oliveira afirma que a Bahia é, de fato, a "grande novidade recente" na área de mineração e que se converteu em "nova fronteira" para investimentos do setor.
Outra investindo no Estado é a Mirabela, subsidiária da empresa australiana do mesmo nome. A companhia terá na Bahia a segunda maior mina de níquel sulfetado do mundo. (FCZ)


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