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Bancos terão de aumentar capital para reduzir riscos
DE BRASÍLIA
Os bancos brasileiros terão
dois anos para se adaptar a
mais uma mudança nas regras internacionais sobre
exigência de capital para reduzir riscos.
O Banco Central aumentou a exigência de recursos
para cobrir riscos de mercado, que se referem a variações nas taxas de câmbio e
juros, além de preços de
commodities e ações.
Na média, as instituições
terão de aumentar em 6% o
patrimônio que é exigido para cobrir esses riscos.
Segundo o BC, a exigência
dessa parcela adicional é baseada em cálculos que incorporam cenários de "risco estressado", considerando as
maiores variações verificadas em crises financeiras
desde o início do Plano Real.
Dados de março de 2010
apontam uma exigência total
para o sistema financeiro nacional de R$ 264 bilhões.
Com a nova regra, haveria
valor extra de R$ 15 bilhões.
Hoje, os bancos têm capital para cobrir essa exigência
sem dificuldade.
O BC exige que os bancos
tenham capital mínimo equivalente a 11% de seus empréstimos. Além do risco de
mercado, há regras específicas para cobrir o risco operacional e de crédito. Nesses
casos, não há mudança.
"Os bancos terão de continuar a ter mínimo de 11% do
seu capital, mas esse percentual passará a representar valor maior", disse o chefe do
Departamento de Normas do
BC, Sergio Odilon dos Anjos.
De acordo com o BC, a medida dá continuidade à implantação das recomendações do Comitê de Basileia e
segue o cronograma internacional publicado no último
dia 18. Desde a piora da crise,
os BCs iniciaram novas discussões para melhorar a regulação bancária.
A nova regra entra em vigor em janeiro de 2012, quando passa a ser cumprida 50%
dessa exigência. Três meses
depois, o percentual passa
para 75%. A partir de julho,
chega-se aos 100%.
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