São Paulo, quinta-feira, 29 de julho de 2010

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Consumo interno deve bater recorde no ano

DO RIO

O IaBr (Instituto Aço Brasil) afirmou ontem que o consumo aparente de aço alcançará 24,98 milhões de toneladas neste ano, com expansão de 34,5% em relação a 2009.
A projeção feita pelo instituto engloba tanto as vendas para o mercado doméstico quanto as importações de empresas siderúrgicas.
Segundo Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do instituto, o crescimento em 2010 segue impulsionado pelo aumento da demanda e pelas medidas do primeiro semestre que beneficiaram indústrias consumidoras, como a automobilística e a de bens de capital (máquinas e equipamentos).
O instituto prevê um aumento de vendas de 29,1% em 2010, com um total de 21,1 milhões de toneladas.
A importação de aço também baterá recorde, com alta de 78% e um total de 4,15 milhões de toneladas.
De acordo com o instituto, a importação foi influenciada pelo preço baixo do produto chinês e também por um movimento de especulação, causado por distribuidoras que compraram aço barato no exterior.

REAJUSTES
Segundo Mello Lopes, o setor siderúrgico ainda está aprendendo a lidar com o novo cenário de reajuste trimestral do preço do minério de ferro, que já teve alta de até 100% neste ano.
Ele afirma que serão necessários reajustes nos preços do aço. "Evidente que em algum momento terá de ocorrer, mas em que momento e intensidade, não sabemos."
Ele afirmou que 80% do mercado de minério global é controlado por três empresas e que a aprovação de um reajuste de 100% é um sinal de "controle" do mercado.
No primeiro semestre deste ano, a produção de aço cresceu 55% e somou 16,38 milhões de toneladas.
Os números mostram retomada do nível de atividade do setor -no entanto, com resultados mensais ainda inferiores aos níveis recordes atingidos em 2008, no período pré-crise.


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