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AACD adota administração profissional
Com a gestão mais eficiente, associação quer aumentar atendimentos e se tornar 100% independente de doações
Hoje, 88% dos custos
são cobertos com
recursos próprios e
entidade ainda precisa
de ajuda financeira
DE SÃO PAULO
Com 60 anos de trabalho
na reabilitação de deficientes
físicos, a AACD (Associação
de Assistência à Criança Deficiente) ganha cara de empresa para crescer.
A instituição investe na
gestão profissionalizada e remunerada para ter autossustentabilidade financeira e seguir aumentando os atendimentos -que subiram de
4.500 para 5.700 por dia entre 2006 e 2010.
Está prevista a contratação
de um CEO (presidente-executivo), que virá do mercado
para assumir em 2012.
Hoje, 88% dos custos da
AACD -que teve orçamento
de R$ 190 milhões neste
ano- são cobertos por recursos próprios, principalmente
com serviços prestados por
meio de convênios médicos.
Em média, quatro pagantes geram receita para cobrir
um atendimento gratuito.
No Hospital Abreu Sodré,
que é da instituição e referência em ortopedia na América
do Sul, cerca de 40% dos
atendimentos são pagos.
A AACD ainda precisa de
doações, mas o plano é chegar a 100% de independência em três anos.
"Temos 32 mil pessoas na
fila de espera e cada paciente
que entra fica de oito a dez
anos em tratamento", diz
Eduardo de Almeida Carneiro, presidente voluntário.
DESDE 2006
A empreitada com jeito de
plano estratégico empresarial foi o caminho encontrado pela associação para sobreviver em um contexto em
que as companhias passaram a ter projetos sociais próprios nos quais investem.
"Precisamos cada vez
mais encontrar novas fontes
de recursos", diz Carneiro.
Acima do futuro presidente-executivo da associação, o
time permanece voluntário
-cerca de 120 conselheiros e
o presidente do conselho.
Mas, abaixo do CEO, há
seis superintendentes -todos com salários- de áreas
como captação de recursos e
relações institucionais.
A reforma começou a ser
desenhada em 2006, quando
Carneiro, que sempre foi empresário do setor imobiliário,
assumiu a instituição.
Desde então, aumentou
não só o número de atendimentos -incluindo o de cirurgias gratuitas, que cresceu 25%, para 1.750 em
2009- como o de funcionários (16%, para 2.100).
Já o custo por atendimento
caiu 12%, para R$ 37.
E a associação tem mais
projetos em vista. Entre eles,
parcerias para abrir uma faculdade de fisioterapia integrada ao centro de reabilitação.
(CAROLINA MATOS)
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