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13º SALÁRIO/INVESTIMENTOS
Curto prazo pune aplicador e exige investimento livre de risco
Além de alíquotas maiores de imposto, poupador não consegue taxas boas no CDB e nos fundos
Investir em longo prazo abre espaço para riscos maiores, elevando oportunidade de ganho e de benefício fiscal
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
Pelo quarto ano seguido, a
gerente de franquias Patrícia
Thiesen Albino, 32, e o marido, Leandro Tonello, 37, engenheiro, vão guardar todo o
13º salário.
O dinheiro vai engordar as
economias do casal, que conseguiu resistir às tentações
do consumo e poupar todos
os meses 50% do salário.
"O 13º é uma regra extra. A
gente ignora a existência dele. Entra na conta e vai direto
para aplicação. A economia
que a gente fez gerou a compra de um apartamento",
disse Patrícia.
Mas nem sempre foi assim.
Patrícia conta que já teve dívidas e que vem de uma família que não estava preocupada em poupar.
Os dois investem separadamente, apesar de despesas
e objetivos comuns de ter filhos e uma vida confortável
antes da aposentadoria.
Desta vez, o investimento
escolhido foi o CDB do banco, que teve taxa negociada
com o gerente.
De baixo risco, o investimento é indicado para pessoas que pretendam utilizar
o dinheiro no curto e médio
prazos sem sofrer com as oscilações da Bolsa.
Há três anos, o casal aplicava em ações e foi surpreendido pela crise global.
"Ação é investimento de
risco, que demanda prazo
longo. Para menos de seis
meses, não aconselhamos",
disse Aquiles Mosca, estrategista do Santander.
CURTO PRAZO
Quem aplica pouco dinheiro e ainda pretende resgatar logo a maior parte dos
recursos pode acabar levando menos do que aplicou.
Além de pegar as piores taxas de administração dos
fundos, corre risco de pagar
IOF (aplicado em resgate antes de 30 dias) e terá recolhido IR (Imposto de Renda) na
maior alíquota, de 22,5%.
Nesse caso, a indicação é a
poupança, que é isenta de
impostos e de taxas.
Por outro lado, quem consegue manter o investimento
intacto em fundos e CDBs por
mais de dois anos tem o menor IR, de 15%.
Também é possível conseguir taxas maiores de rentabilidade.
"Se puder guardar por
mais tempo ainda, a indicação é a previdência privada.
Não tem desconto semestral
de imposto como os fundos.
A pessoa ganha juros com
um dinheiro que iria para a
Receita Federal. Em dez
anos, pode ter o dobro do
rendimento", disse Osvaldo
Nascimento, diretor de investimentos do Itaú Unibanco.
Recém-chegado da rede de
agências do Bradesco, Marcos Daré, diretor de investimentos, conta que os clientes
estão mais exigentes e interessados em saber a melhor
alternativa de investimento.
"Orientamos a responder ao
questionário de perfil de risco para identificar as necessidades de diversificação e discutir as aplicações", disse.
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