São Paulo, segunda-feira, 29 de novembro de 2010

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13º SALÁRIO/INVESTIMENTOS

Curto prazo pune aplicador e exige investimento livre de risco

Além de alíquotas maiores de imposto, poupador não consegue taxas boas no CDB e nos fundos

Investir em longo prazo abre espaço para riscos maiores, elevando oportunidade de ganho e de benefício fiscal

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Pelo quarto ano seguido, a gerente de franquias Patrícia Thiesen Albino, 32, e o marido, Leandro Tonello, 37, engenheiro, vão guardar todo o 13º salário.
O dinheiro vai engordar as economias do casal, que conseguiu resistir às tentações do consumo e poupar todos os meses 50% do salário.
"O 13º é uma regra extra. A gente ignora a existência dele. Entra na conta e vai direto para aplicação. A economia que a gente fez gerou a compra de um apartamento", disse Patrícia.
Mas nem sempre foi assim. Patrícia conta que já teve dívidas e que vem de uma família que não estava preocupada em poupar.
Os dois investem separadamente, apesar de despesas e objetivos comuns de ter filhos e uma vida confortável antes da aposentadoria.
Desta vez, o investimento escolhido foi o CDB do banco, que teve taxa negociada com o gerente.
De baixo risco, o investimento é indicado para pessoas que pretendam utilizar o dinheiro no curto e médio prazos sem sofrer com as oscilações da Bolsa.
Há três anos, o casal aplicava em ações e foi surpreendido pela crise global.
"Ação é investimento de risco, que demanda prazo longo. Para menos de seis meses, não aconselhamos", disse Aquiles Mosca, estrategista do Santander.

CURTO PRAZO
Quem aplica pouco dinheiro e ainda pretende resgatar logo a maior parte dos recursos pode acabar levando menos do que aplicou.
Além de pegar as piores taxas de administração dos fundos, corre risco de pagar IOF (aplicado em resgate antes de 30 dias) e terá recolhido IR (Imposto de Renda) na maior alíquota, de 22,5%.
Nesse caso, a indicação é a poupança, que é isenta de impostos e de taxas.
Por outro lado, quem consegue manter o investimento intacto em fundos e CDBs por mais de dois anos tem o menor IR, de 15%.
Também é possível conseguir taxas maiores de rentabilidade.
"Se puder guardar por mais tempo ainda, a indicação é a previdência privada. Não tem desconto semestral de imposto como os fundos. A pessoa ganha juros com um dinheiro que iria para a Receita Federal. Em dez anos, pode ter o dobro do rendimento", disse Osvaldo Nascimento, diretor de investimentos do Itaú Unibanco.
Recém-chegado da rede de agências do Bradesco, Marcos Daré, diretor de investimentos, conta que os clientes estão mais exigentes e interessados em saber a melhor alternativa de investimento. "Orientamos a responder ao questionário de perfil de risco para identificar as necessidades de diversificação e discutir as aplicações", disse.


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