São Paulo, segunda-feira, 29 de novembro de 2010

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13º SALÁRIO/PREVIDÊNCIA

Fundo se adapta à necessidade do cliente

Voltada à poupança de longo prazo, previdência privada foca demandas específicas de diferentes aplicadores

Planos para garantir educação dos filhos ganham preferência após complemento à aposentadoria oficial

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Seguro adicional de câncer de mama para mulheres, apoio ao aprendizado escolar para crianças, pagamento de 13º salário para ex-assalariados, possibilidade de inclusão do companheiro gay como beneficiário.
Assim como no mercado de seguros, a segmentação de públicos é a tendência dos planos de previdência complementar.
Planos de previdência associados às crianças são os que mais crescem. Vários oferecem apoio pedagógico e aulas particulares em caso de morte ou doença da criança.
O maior apelo, no entanto, é o seguro que garante a continuidade dos aportes em caso de morte do responsável pelo menor.
"Fiz um plano para o meu filho no qual ele, ao completar a maioridade, resgata os recursos para cursar uma faculdade ou para comprar um imóvel. É o que posso oferecer de melhor para o futuro dele: garantia de educação e um lugar para morar", disse a produtora cultural Dani Godoy, mãe de Pedro, 10.
Segundo a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada), um terço dos R$ 3,3 bilhões captados em planos de previdência privados até o terceiro trimestre do ano é representado por planos com essas características.
"A preocupação com a educação da criança é sempre o principal motivo", disse Alessandro Andrade, superintendente de previdência do Santander.
Também crescem os planos voltados para mulheres, que oferecem seguros adicionais como câncer de mama e colo de útero.
"Como não tenho seguro de vida, achei o produto interessante, pois, além de funcionar como previdência, carrega uma série de benefícios para a mulher. Sinto-me mais segura", disse a gerente de negócios Renata Pádua.

CASAIS DO MESMO SEXO
Outra novidade é a possibilidade de casais do mesmo sexo terem um dos parceiros como beneficiários diretos do plano. Como planos de previdência privada figuram como bens disponíveis para o dependente em caso de morte do participante (não entram em inventário), isso evita um longo -e custoso- processo de partilha dos bens do morto.
No caso dos casais de mesmo sexo, há ainda uma série de complicações jurídicas no Brasil que tornam o processo ainda mais complicado.
"Os planos de previdência complementar têm basicamente o mesmo chassi. O que muda com a segmentação são os acessórios que você embute em cada produto e a maneira como você oferece isso para cada cliente", diz o gerente de clientes e inteligência de mercado da Brasilprev, Sandro Bonfim.
Como as pessoas também mudam de perfil ao longo da vida, vários planos de previdência privados permitem hoje que o cliente altere o seu perfil de risco (conservador ou arrojado, por exemplo) ou troque de plano sem precisar resgatar os recursos ou pagar taxas.
De olho nessa tendência, várias empresas passaram a oferecer fundos de previdência com o conceito de "ciclo de vida", em que o próprio gestor faz as mudanças de acordo com o momento de vida e o perfil do cliente.
Se ele é jovem e arrojado, seu plano terá um fundo com participação importante de ações, que vai se reduzindo à medida que o tempo passa.
(ANDRÉ PALHANO)


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