São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2010

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Em alta, cerveja premium já fatura R$ 300 milhões

Há dez anos, bebida sofisticada era 2% do mercado; hoje, já representa de 4% a 5%

CIRILO JUNIOR
DO RIO

Cerveja sofisticada e mais cara deixou de ser bebida para poucos. As cervejas premium caíram no gosto do brasileiro, e, atentas a isso, as cervejarias ampliam sua produção e distribuição.
Hoje, a venda desse tipo de cerveja representa de 4% a 5% do mercado total e movimenta anualmente cerca de R$ 300 milhões. Há dez anos, essa proporção era de 2%.
De 2007 a 2009, o crescimento acumulado é de 40%, ante 11% nas vendas totais.
No primeiro semestre deste ano, 70% dos lançamentos estavam ligados ao mercado premium, segundo dados do Instituto Nielsen. Nesse cenário, a expectativa é que em até dez anos essas cervejas representem até 10%.
"A produção e a importação de nossas cervejas premium vêm aumentando significativamente e o mercado se mostra bastante promissor", diz Herbert Gris, gerente de marcas premium da Heineken Brasil.
"É um mercado ainda subdesenvolvido", opina Pedro Sá Earp, diretor de cervejas premium da AmBev, de marcas como Bohemia e Stella Artois. Em mercados desenvolvidos, diz, o segmento representa de 15% a 20% das vendas. Por isso, nesse mercado estão as maiores oportunidades de crescimento para a empresa, líder no país.

RENDA
A expansão é atribuída à combinação do aumento da renda do brasileiro com a melhora na distribuição desses produtos. Em 2009, os brasileiros beberam volume recorde de 10,9 bilhões de litros de cerveja. E, em 2010, segundo dados do setor, as cervejarias devem investir R$ 6 bilhões.
As cervejarias artesanais procuram se diferenciar e se definem como marcas superpremium. Alegam que grandes cervejarias compram marcas menores e, em alguns casos, modificam a estrutura da bebida, para produzir em escala industrial.
"A cerveja premium não pode ter mistura. No caso da Devassa [da Schincariol] e da Bohemia, o padrão foi alterado", diz Severino Batista, cervejeiro da fluminense Mistura Clássica, que vai investir R$ 5 milhões para ampliar sua capacidade instalada.


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