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Manifestantes e policiais entram em choque no Egito

Centenas de pessoas ficaram feridas em confrontos na praça Tahrir; às vésperas de eleições, protestos pedem a saída dos militares

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Policiais e manifestantes entraram em choque ontem no Cairo. Ao menos 676 pessoas ficaram feridas e 1 homem de 23 anos foi morto, informava a agência oficial Mena até o fechamento desta edição. Segundo fontes do governo, entre eles estariam 40 policiais e 2 jornalistas.

O palco dos confrontos novamente foi a praça Tahrir, onde milhares se reuniram durante meses pedindo pela queda do ditador Hosni Mubarak. Em fevereiro, ele foi deposto e o Conselho Supremo das Forças Armadas assumiu provisoriamente.

Eleições nacionais estão marcadas para dia 28.

Ontem, centenas de jovens protestavam, ameaçando voltar a acampar na praça.

As forças de segurança reagiram com violência, usando cassetetes. Atiraram balas de borracha e gás lacrimogêneo na multidão.

Manifestantes atiraram pedras e incendiaram uma viatura policial. Dezenas de pessoas foram presas.

"Eles bateram na gente com força, não se importavam se era homem ou mulher", relatou Ali Abdel Aziz, 32, à agência France Presse, na praça Tahrir. "Só temos uma demanda, o conselho militar deve sair."

Os manifestantes alegam que um rascunho proposto para a nova Constituição do país permitiria que os militares mantenham grande parte do poder, mesmo após um novo governo civil ser eleito.

No início da noite no Egito, os manifestantes conseguiram tomar controle da praça. A polícia se retirou do local, mas mantinha guarda nas proximidades e a tensão era grande, segundo a BBC.

Um dia antes, milhares de pessoas também haviam saído às ruas do Cairo, em protesto contra a junta militar.

Cerca de 200 acamparam, então, na praça Tahrir.

Quando a polícia desmanchou as barracas, na tarde de ontem, os confrontos começaram. A notícia foi parar nas redes sociais. E mais pessoas se uniram aos manifestantes.

O premiê egípcio, Esam Sharaf, pediu aos manifestantes que deixem a praça.

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