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Líbia terá um gabinete secular e de tecnocratas

Islamitas estão de fora das principais pastas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O gabinete de transição que comandará a Líbia até a realização de eleições parlamentares no país, em 2012, é secular, tecnocrata e repleto de nomes desconhecidos.

Representantes islâmicos foram deixados de lado, apesar das promessas do CNT (Conselho Nacional de Transição) de que a nova Constituição terá como base a sharia (lei islâmica). Os novos responsáveis pelas pastas foram aprovados ontem pelo CNT.

Assim, a Líbia segue o exemplo de Grécia e Itália, cujos governos estão agora nas mãos de tecnocratas sem experiência política. No caso do país árabe, porém, a opção do atual premiê, Abdurrahim el Keib, teria sido por nomes que não apresentariam tanta resistência e por um quadro representativo.

"Toda a Líbia está representada [no novo governo]", assegurou El Keib.

Uma das surpresas foi a indicação de Osama Juwali para a Defesa. Comandante das forças locais em Zintan e sem papel nacional expressivo, ele teria se beneficiado da prisão de Saif al Islam, filho de Muammar Gaddafi, no sábado passado, na sua região.

O nome mais cotado para o cargo era o do atual comandante em Trípoli, o islamita Hakim Bilhaj.

Dois executivos da indústria do petróleo serão ministros de Finanças e de Petróleo: Hassan Ziglam e Abdulrahman Ben Yezza, respectivamente. O desconhecido diplomata Ashour Bin Hayal será o novo chanceler.

JULGAMENTO

Ontem, o procurador-chefe do TPI (Tribunal Penal Internacional), Luís Moreno Ocampo, esteve na Líbia e deu a permissão para que Saif seja julgado no país.

A decisão permite que o filho de Gaddafi receba a pena de morte se for condenado.

Representantes da Cruz Vermelha visitaram Saif, que está preso em Zintan, e disseram que ele está em boas condições físicas.

Segundo a agência Xinhua, Saif teria informado a membros do CNT que Khamis, seu irmão mais novo, dado como morto, estaria vivo e escondido perto de Trípoli.

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