Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Secretário faz lobby para poupar Defesa do corte nos EUA

Panetta afirma que os militares perderiam a capacidade de cumprir todas as missões que lhes são atribuídas

Sem acordo fechado no Congresso, deve recair sobre setor metade da redução de US$ 1,2 tri no Orçamento em 2013

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, afirmou que o fracasso da "supercomissão" do Congresso americano encarregada de cortar o Orçamento do país para conter o deficit pode levar a um rombo devastador na área de defesa americana.

Segundo ele, a falta de acordo entre republicanos e democratas revelou a incapacidade do Congresso para encontrar soluções para os problemas mais graves da nação.

Panetta pediu ao Congresso que suspenda os cortes em sua área. "O meio trilhão de dólares em cortes adicionais levaria a uma força oca, incapaz de sustentar as missões que lhe foram atribuídas", disse o secretário.

Anteontem, a supercomissão admitiu que não havia conseguido chegar a acordo sobre um pacote fiscal para os EUA.

Sem o consenso, serão detonados cortes automáticos de US$ 1,2 trilhão no Orçamento a partir de janeiro de 2013. A Defesa absorverá metade dos ajustes.

NOVO APELO

Ontem, o presidente Barack Obama fez um novo apelo aos congressistas republicanos para que aprovem outro projeto do governo -os cortes de impostos na folha de pagamento das empresas e a prorrogação de benefícios aos desempregados que expiram neste ano.

A desoneração da folha de pagamentos é um dos principais pontos da Lei dos Empregos Americanos. Para estimular a contratação de trabalhadores, o projeto prevê uma redução de 50% do imposto na folha de empregadores que gastam até US$ 5 milhões em salários por ano.

O discurso foi feito em New Hampshire, um dos primeiros Estados americanos a realizar primárias para a escolha do candidato republicano e que agora está no foco do presidenciável Mitt Romney, opositor de Obama.

O presidente invocou "o espírito do feriado de Ação de Graças" para pedir o aval à lei de empregos na próxima semana. "Não sejam um Grinch [personagem conhecido por 'roubar' o Natal]. Não votem para elevar impostos para trabalhadores americanos. Coloquem o país acima do partido."

Segundo analistas, a prorrogação de benefícios aos trabalhadores é a aposta para que a recuperação da economia americana não tenha um revés no ano que vem.

O desemprego é um dos problemas mais sérios nos Estados Unidos atualmente. Há meses, a taxa vem fechando em torno de 9%.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.