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França sugere criar um "corredor humanitário" para oposição síria

Chanceler francês diz que discutirá proposta na União Europeia, mas afasta intervenção militar

Antes de anunciar a ideia, Paris reconheceu conselho opositor ao ditador Assad como seu "interlocutor legítimo"

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O chanceler francês, Alain Juppé, sugeriu ontem a criação pela UE (União Europeia) de "corredores humanitários" ou de uma "zona de exclusão" para levar ajuda humanitária aos opositores do governo na Síria.

Foi a primeira vez desde o início da repressão do regime de Bashar Assad às manifestações pró-democracia, em março, que um país estrangeiro sugeriu uma ação que intervém na soberania síria.

Juppé afirmou, contudo, que "a opção armada não está na agenda".

O chanceler disse que defenderá a opção de ajuda humanitária em reunião com os ministros de Relações Exteriores do bloco.

Ele não especificou como seriam implantados os "corredores humanitários" ou "zonas de exclusão", nem se haveria emprego de tropas ou aeronaves. Juppé deu a declaração após reconhecer o Conselho Nacional Sírio, opositor de Assad, como "interlocutor legítimo".

A ONU estima que ao menos 3.500 pessoas tenham morrido desde o início dos protestos na Síria, em março.

Relatório divulgado ontem pela ONG Landmine revelou que a Síria foi um dos únicos quatro países do mundo que em 2011 continuaram instalando minas antipessoais.

A ONG afirmou que a Síria vem montando campos minados na fronteira com o Líbano desde outubro, mas não explicou o motivo. Estima-se que seja estratégia para evitar a entrada pela fronteira de armas para os insurgentes.

Os outros três países que adotaram a prática são Israel, Líbia e Mianmar. Segundo o estudo, o uso de minas antipessoais por Estados em 2011 foi o maior desde 2004.

BAHREIN

Uma comissão independente divulgou ontem relatório constatando a prática de tortura, uso excessivo de violência e julgamentos sem direito de defesa contra manifestantes detidos nas ações de repressão a protestos contra o regime no Bahrein, entre fevereiro e março.

O documento afirma que ao menos 30 pessoas morreram nos protestos e que agentes do Irã não incitaram levantes.

O relatório foi autorizado pela monarquia sunita como forma de amenizar o clima de tensão no país, que é de maioria xiita. O governo prometeu punições aos culpados, mas duvidou da isenção do Irã.

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